Com absoluta certeza não é mera coincidência a realização das eleições municipais brasileiras em novembro de 2020 e o surgimento, logo após, do novo surto de Covid-19, que acabou infectando tanta gente que praticamente faliu os sistemas de saúde, público e privado, tanto preventivo, quanto curativo das doenças em geral, particularmente da “peste” chinesa.
Desde o começo do corrente ano de 2020, os Poderes Públicos da União, dos Estados, e dos Municípios, empenharam-se ao máximo em evitar aglomerações humanas, dentre outras restrições pertinentes, devido à transmissão altamente contagiosa dessa doença, que pode multiplicar-se “geometricamente” com muita rapidez e descontrole,
Mas apesar de todo empenho do Poder Público em restringir ao máximo a ´proximidade física entre as pessoas, NENHUMA autoridade pública teve qualquer iniciativa de sustar as eleições municipais que se avizinhavam para o mês de novembro do mesmo ano, pelo motivo da “força maior” do novo coronavirus.
Isso significa que tanto os políticos, quanto os governantes e autoridades públicas, responsáveis pela saúde pública, omitiram-se dos seus deveres mais elementares.
Com absoluta certeza, nenhum outro tipo de evento, público ou privado, poderia juntar tanta gente e ser mais “mortal” para expansão do novo coronavirus do que a realização das eleições municipais em todo o país, nos dias 15 e 29 de novembro, em 2º Turno, nos municípios com mais de 200 mil eleitores.
Essa aglomeração de milhões de pessoas à volta das urnas eleitorais, com potencial para expandir ilimitadamente o maldito vírus chinês, não só não teve qualquer iniciativa ou providência pública para sustar essas “sagradas” eleições, por motivo de força maior, como também foi precedida de verdadeira “coação” para que todas as pessoas comparecessem às urnas, possivelmente “contaminadas”, para votar, sujeitando-se às severas penalidades eleitorais, caso assim não procedessem.
Mas “somando e dividindo” tudo, essa “obrigação” eleitoral de votar - independentemente da apreciação sobre a excepcionalidade de tratamento que deveriam ter essas eleições por motivo da “força maior” do novo coronavirus - na verdade não passa de uma coação institucional sobre o povo para arranjar bom emprego para os políticos, apesar desse mesmo povo sofrer na própria carne uma carência de empregos jamais vista para ele próprio.
Essa situação fática nos remete necessariamente à conclusão que só na política não existe crise de empregos, nem crise de bons salários.
Essa mesquinha política de insistir com as eleições de novembro de 2020, devido aos “resultados” que originaram um novo e violento surto do coronavírus, tão logo passadas as eleições, sem dúvida pode ser equiparada ao crime de “genocídio”, com “matança” de milhares de pessoas, por irresponsabilidade dolosa de agentes do Poder Público.
Provavelmente no futuro muita gente ainda vai acabar sentando num banco de réus de algum tribunal “tipo” NUREMBERG, que julgou e condenou criminosos de guerra nazistas pela prática do “holocausto”, que exterminou milhões de judeus.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
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