Já passou da hora do Ministério Público investigar as reais intenções do governador de São Paulo, João Dória (PSDB), ao querer impor a vacina chinesa CoronaVac “goela abaixo” dos paulistanos.
Primeiro, porque o imunizante – um dos três que a China também distribui no país comunista – não está autorizado por nenhuma agência de vigilância sanitária asiática. Todas as vacinas utilizadas por lá tiveram apenas autorização emergencial para uso.
Em segundo lugar, houve a divulgação daquele contrato absurdo e sem valores entre o Instituto Butantan (que faz parte do Governo de SP) e a gigante farmacêutica Sinovac. CNN Brasil divulgou que o acordo comercial sequer discriminava valores.
Com a mídia em cima de Dória para que ele explicasse o caso, ele não teve outra alternativa e, no dia seguinte, convocou coletiva de imprensa. Mas, ao invés de justificar o contrato, exaltou outras obras do governo estadual. A notícia mais importante da entrevista, foi a informação que o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, deixou escapar, dizendo que a terceira fase (da eficácia) da vacina chinesa não tinha conseguido chegar aos 13 mil voluntários de que precisava.
Agora, o colunista Cláudio Humberto, foi direto ao ponto e denunciou aquilo que todo mundo já sabia: a vacina chinesa, sem eficácia comprovada, será 3x mais cara que a de Oxford. A CoronaVac vai custar US$10,30, cada dose. A anglo-sueca AstraZeneca tomou uma atitude muito mais nobre e vai vender a preço de custo: US$3. A imunização de cada indivíduo, nos dois casos, é feita com duas doses.
Então, é sim, um mercado bilionário, como o presidente Jair Bolsonaro já tinha alertado, no início da pandemia.
Na reunião de terça-feira (08), o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, sentiu a pressão dos governadores João Dória e Flávio Dino (PC do B-MA), para que, vejam só, tivessem autoridade e autonomia para escolher o imunizante chinês sem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e passando por cima do Governo Bolsonaro.
A reunião ocorreu um dia após o Reino Unido começar a vacinar a população prioritária com a AstraZeneca. O Governo Federal fez, imediatamente, um pedido de compra para adquirir o imunizante, mas os governadores espernearam.
Muito educado, Pazuello informou que “se houver demanda e preço, nós vamos comprar”. Isso é um “tiro de misericórdia” no afoito Dória. Afinal, os chineses estão pedindo R$ 22,4 bilhões para “imunizar” todos os brasileiros. Com a AstraZeneca, vai custar R$ 6,7 bilhões.
Uma diferença imensa, né, governador?
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