segunda-feira, 22 de março de 2021

22 de Março - Dia Mundial do Cigarro Eletrônico

 

Um comentário:

vindodospampasoretorno disse...

O cigarro eletrônico nasceu da luta do chinês Hon Lik para parar de fumar. Depois de anos de pesquisa, em 2003 ele desenvolveu um método que aquece o tabaco e não o queima. Há diferenças entre o cigarro comum e o cigarro eletrônico, mas a nicotina, que leva ao vício de fumar, permanece nas duas versões. Conheça a história desse dispositivo e os prejuízos que ele acarreta à saúde.

Cigarro eletrônico, vaporizador, vaper, e-cigarro, e-cigarrete. São vários nomes que o Instituto Nacional de Câncer (INCA) reúne e classifica como dispositivos eletrônicos para parar de fumar (DEFs). É a própria entidade, referência no tratamento do câncer no Brasil, que alerta para dois principais problemas desses dispositivos:

Não há estudos que confirmam a eficácia deles no combate ao vício. Os fabricantes destacam a ausência de alcatrão e outras substâncias que os tornariam muito menos nocivos que o cigarro comum, mas a concentração de nicotina em um cigarro eletrônico pode ser equivalente a um maço inteiro de cigarros comuns;
A aparência tecnológica, a praticidade e os aromas agradáveis, além da maior aceitação social, estão atraindo novos praticantes, que se tornam igualmente viciados no hábito de fumar. E eles são cada vez mais jovens.

De fato, o gosto ruim dos cigarros comuns é suavizado com aromatizantes de chocolate, frutas, baunilha e outras guloseimas. O dispositivo é disfarçado em pen drives, para recarregar no computador, bem próximo das mãos. Já deu para perceber por que é uma isca fácil para os adolescentes?

Como funciona

Na sua luta contra o cigarro, Hon Lik usava adesivos de nicotina e, às vezes, esquecia-se de removê-los na hora de dormir. Para ele, essa era causa dos pesadelos horríveis que o acometiam. Certa noite, Lik sonhou que se afogava em uma nuvem vaporosa de cigarro – foi o clique que faltava para o dispositivo que estava desenvolvendo.

O cigarro eletrônico não queima a nicotina. Sua bateria recarregável a aquece em sua forma líquida, juntamente com outras substâncias nocivas, como solventes e propilenoglicol. Não há fumaça e o gosto é suavizado com essências artificiais.

Eliminadas as barreiras da fumaça e do gosto ruim, o cigarro eletrônico acabou se popularizando. Os vapers, como gostam de ser chamados os adeptos desse novo estilo de fumar, acreditam que o cigarro eletrônico é inofensivo.

A falta de estudos que confirmam essa teoria levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a proibir a sua venda no país, desde 2009. Em muitos outros países, ele também é proibido, especialmente na Ásia, no Oriente Médio e na América do Sul. Em 2018, o governo dos Estados Unidos denunciou uma epidemia de cigarros eletrônicos no país e restringiu a sua venda a pessoas maiores de idade. Na Austrália e na Índia também foi proibido seu consumo e comercialização.

Por que é tão perigoso?

Os médicos se preocupam com dois riscos: as doenças associadas ao cigarro, especialmente o infarto do miocárdio, a asma e o câncer de pulmão, boca e garganta, e o risco de explosão próxima ao rosto e às mãos. Ilegais, esses dispositivos não são obrigados a seguir nenhuma norma de segurança. É difícil até mesmo estudar seus efeitos porque os fabricantes adicionam substâncias como vitamina E líquida, associada a mortes e internações por intoxicação nos Estados Unidos, e até maconha.

Os primeiros estudos científicos sobre os malefícios do cigarro eletrônico foram apresentados em fevereiro deste ano, no Congresso Anual da Academia Americana de Ciências, pela neurocientista Marina Picciotto, da Universidade Yale. Ela conduziu a pesquisa em animais, uma vez que o uso dos cigarros eletrônicos em humanos é recente.

https://www.hospitalpresidente.com.br/2020/11/26/cigarro-eletronico-faz-mal-as-pesquisas-mostram-que-sim/