terça-feira, 24 de agosto de 2021

Quem diria... Randolfe recebeu doações de seu chefe de gabinete, da esposa e do filho

Segundo informações do Portal R7, o senador Randolfe Rodrigues teria recebido dinheiro de doações de seu próprio assessor durante a campanha eleitoral de 2018.
A reportagem cita o economista Charles Chelala, atual chefe de gabinete do senador, que doou R$ 2 mil utilizados para o pagamento de motoristas durante a campanha. A esposa de Charles, Cláudia, e Nade, filho de Chelala, também fizeram doações que constam no total de R$ 9 mil repassados pela família a Randolfe Rodrigues, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral.
A matéria mostra ainda que quatro fornecedores da campanha de Randolfe continuaram prestando serviços ao parlamentar depois de eleito, sendo remunerados com dinheiro público.
“A empresa Eco Serviços cobrou R$ 26.208,00 por pesquisas eleitorais na campanha ao Senado em 2018, segundo dados enviados ao TSE. A mesma empresa recebeu do gabinete do senador R$ 29.222,00 desde janeiro de 2019”, segundo notas fiscais que constam na prestação de contas de Randolfe
“A mais recente pesquisa, realizada entre 14 e 17 de julho deste ano, custou R$ 15 mil. Segundo a nota fiscal, foram entrevistadas 988 pessoas em 9 cidades do Amapá, base eleitoral de Randolfe, que responderam as seguintes perguntas: “Qual o principal problema do Estado do Amapá? E o conhecimento sobre a CPI da COVID-19”, diz a reportagem.
Já a Set Filmes, responsável pela produção dos programas de TV de Randolfe Rodrigues, durante a campanha, com um custo de mais de R$ 561mil (segundo prestação de contas ao TSE), também recebeu por serviços em julho deste ano, com o valor de R$ 16.300,00, também pago com verba de gabinete.
Ainda outras duas empresas, a RMR de Almeida, de serviços gráficos, e Aerotop, de fretamento de aviões, contratadas durante a campanha, também seguem na lista de prestadores dentro do mandato. A Aerotop, segundo a reportagem do R7, fez o fretamento aéreo de uma aeronave Sêneca III prefixo PT-RYT (com capacidade para 6 passageiros), no dia 8 de maio, um sábado, ao custo total de R$ 8.900,00.
Na rota, consta uma viagem de ida e volta entre Macapá, capital do Amapá, e Almeirim, um município no estado do Pará.
Ainda não há uma resposta de Randolfe Rodrigues sobre os dados divulgados na matéria.
Mas são claros os indícios de troca de favores, onde um assessor coloca dinheiro do bolso a título de doação, mas segue beneficiado na folha de pagamento. É preciso ainda mais esclarecimentos sobre o motivo da inclusão na pesquisa citada, da questão sobre o conhecimento da população do Amapá sobre a CPI da COVID.
Por que Randolfe quer saber se o seu “potencial eleitor” está por dentro de sua atuação no colegiado ou se sabem o que está sendo feito nesta CPI? Não configuraria, tal ato, campanha eleitoral antecipada e uso político da mesma?

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