sábado, 14 de agosto de 2021

‘Um militante chinês tem mais liberdade que um presidente nacional de partido’

Filha de Roberto Jefferson citou prisão de outros conservadores

A ex-deputada federal Cristiane Brasil descarregou no Twitter sua revolta pela prisão do pai, Roberto Jefferson. Em um vídeo, ela citou a prisão de Oswaldo Eustáquio, de Daniel Silveira e de seu pai.
– "Prenderam um jornalista [Oswaldo Eustáquio], no Brasil, por crime de opinião. Prenderam um deputado federal. Está preso até hoje, o Daniel Silveira… que tem imunidade pelas falas dele. Agora prenderam meu pai, um presidente nacional de partido. E o pior é que, no Brasil, um militante chinês, representante da comunista China, de uma ditadura, tem mais liberdade de opinião do que um presidente nacional de partido, um deputado federal e um jornalista" – criticou.
Mais cedo, o embaixador chinês Yang Wamming comemorou a prisão de Jefferson, escrevendo que hoje é um “lindo dia para todos”, no Twitter.
Cristiane ainda insinuou que, após tantas prisões de conservadores, os oito inquéritos abertos contra o presidente Jair Bolsonaro indicam que ele será o próximo.
Cristiane reclamou ainda de a polícia ter tirado sua mãe da cama às 6h da manhã, à procura de Jefferson, de quem se separou há 20 anos. Cristiane apontou que a mãe é uma idosa com dificuldade de locomoção e disse que a família inteira sofre perseguição política.
A ex-deputada também chamou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de “bando de filho da p***”, em uma publicação em texto, e disse que eles irão pagar caro por terem mandado, “sabe-se lá por que”, prender Roberto Jefferson.
Cristiane questionou à PF: “Não tem como atualizar o estado civil dele, de CASADO COM OUTRA PESSOA, NÃO? QUE INFERNO!”.
Em decisão assinada na quinta-feira (12) e cumprida nesta sexta-feira (13), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva do ex-deputado e atual presidente do PTB Roberto Jefferson, por conta de uma suposta participação dele em um grupo digital que seria organizado para realizar ataques a ministros do STF e instituições.

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