segunda-feira, 16 de agosto de 2021

16 de Agosto - Dia do Poeta Recifense

Um comentário:

vindodospampasoretorno disse...

Mauro Ramos da Mota e Albuquerque foi um dos mais destacados homens públicos pernambucanos do século 20. Poeta, cronista, geógrafo, folclorista, jornalista e gestor de instituições culturais, nasceu no Recife em 16 de agosto de 1911 e faleceu na mesma cidade no dia 22 de novembro de 1984.

Desde jovem, sentiu-se vocacionado para as Letras e as Humanidades, tendo publicado suas primeiras produções literárias ainda no curso secundário do Colégio Salesiano, no Recife, onde conheceu aquele que viria a ser um dos seus maiores amigos e incentivadores — o igualmente jovem Álvaro Lins, que posteriormente se tornaria um dos grandes críticos literários do País. Nesse mesmo colégio, foi aluno do crítico Oscar Mendes e integrante de uma geração de intelectuais pernambucanos que, entre outros nomes, teria um João Condé, um Amaro Quintas e um Gilberto Osório de Andrade.

Como costumava acontecer naquela época (quase meados do século 20), à falta de oferta de cursos de Letras, os jovens escritores terminavam ingressando no jornalismo, no magistério ou no curso de Direito. Em literatura, eram quase que involuntariamente autodidatas. Com Mauro, não foi diferente. Em 1937, já de par com sua atuação na imprensa recifense, bacharelava-se em Direito. Logo também o vemos tornar-se professor do Instituto de Educação de Pernambuco, onde, em 1955, defenderia a tese (para a cátedra de Geografia do Brasil) O cajueiro nordestino, que mais tarde se converteria em livro clássico sobre o tema.

O sucesso literário veio com o lançamento do livro de estreia — Elegias — em 1952, um conjunto de poemas cujo principal bloco era formado por dez sonetos em memória da primeira esposa. A obra chamou a atenção da crítica e ganhou prêmios da Academia Pernambucana de Letras e da Academia Brasileira de Letras. Daí por diante, publicaria vários outros volumes de versos, a exemplo de Os epitáfios, O galo e o cata-vento, Canto ao meio e Itinerário, consolidando-se, segundo muitos críticos, como um dos mais importantes poetas da chamada Geração de 1945 da literatura nacional. Em 1970, muitos anos após já integrar o quadro de escritores da Academia Pernambucana de Letras, o sucesso inicial seria coroado com seu ingresso na Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a vaga deixada pelo escritor sergipano Gilberto Amado.

Dentre os prêmios e honrarias que recebeu, destacam-se o Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras, o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, a Medalha Pernambucana do Mérito, outorgada pelo Governo do Estado de Pernambuco, e a Medalha Joaquim Nabuco, esta última concedida pela Assembleia Legislativa de Pernambuco

http://versudiversus.blogspot.com/2012/08/16-de-agosto-dia-do-poeta-recifense.html