Só mesmo algum idiota
irrecuperável não está enxergando desde logo que os sinistros Ministros do STF
estão só aguardando o melhor e mais oportuno momento para limpar a ficha de
Lula da Silva e deixá-lo concorrer livre, mais uma vez, à Presidência da
República.
É evidente que a “liberação” da
candidatura de Lula já está planejada, devendo coincidir exatamente com o
momento em que na prática não haverá mas possibilidade de reverter essa
situação, em vista do calendário eleitoral, bem como da “composição” dos
membros do Supremo, nesse dado momento.
Mas o mais “pitoresco” de toda
essa situação seria o espetáculo teatral arquitetado pelo STF, em anulando a
sentença condenatórias de Lula, prolatada pelo então Juiz Federal de Curitiba, Dr.
Sérgio Moro, no caso do “Triplex” de Guarujá, e também a segunda condenação, decretada
pela Juiza Federal Gabriela Hardt, que substituiu Moro, pelo fato deste também
ter conduzido antes o processo do “Sítio de Atibaia”. Com Moro declarado
“suspeito”, mediante essa “esperta” estratégia jurisdicional do STF, Lula não
só deixará de ser um condenado em 2ª Instância, como também em 1ª Instância.
Não será mais um “condenado”, portanto. Caminho livre para concorrer à
Presidência em 2022.
Esse funesto plano certamente
compensaria a “maldade” feita pelo Supremo contra Moro, desmoralizando-o como
juiz, porém alimentaria o seu “ego” na condição de candidato à Presidência da
República, certamente pelo PSDB, partido com o qual tem alguma “afinidade
histórica”.
Se associarmos esse malabarismo feito com Sérgio Moro ao PACTO DE PRINCETON, celebrado em janeiro de
1993, nos Estados Unidos, entre o “tucano” Fernando Henrique Cardoso, representando
a “Diálogo Interamericano”, e Lula da Silva, em nome do Foro San Pablo, pelo
qual traçaram a “Política das Tesouras”, significando que a
partir desse “pacto” a esquerda sempre acabaria vencendo as eleições presidenciais no
Brasil, concorrendo com os dois candidatos mais fortes, um de esquerda declarada, e o outro de
esquerda “disfarçada”, ou seja, de “direita”.
Esse “rodízio” se consumou entre
FHC e Lula/Dilma, de 1995 a 2016, ininterruptamente, só sendo parcialmente
interrompido mediante o impeachment de Dilma, e totalmente em 1º de janeiro de
2019, com a vitória e posse de Jair Bolsonaro.
Após alguns “incidentes” durante
o seu percurso, com recíprocas “pequenas” traições entre o PSDB e o PT, parece
claro que o PACTO DE PRINCETON está sendo retomando à todo vapor, provavelmente
tendo como “cérebro” a “velha raposa” da
política, FHC.
Está ficando cada vez mais claro
que a tendência do PSDB é novamente concorrer à Presidência, pela esquerda, porém
disfarçado de direita, como das vezes anteriores. Mas o seu “pessoal”
tradicional, os “velhos PSDBs”, na verdade estão mais sujos do que “pau de
galinheiro”, e do meio deles não sairia nenhum nome limpo com qualquer chance de vencer, ou “ajudar” a eleger o “colega” Lula,
que seria a “bola-da-vez”, no “Pacto de Princeton”.
Por que não Sérgio Moro, um
“ficha limpa”?
A “tucanada” deve contar como
certo que apesar de Moro não conseguir “roubar” nenhum voto de Lula nas
eleições de 2022, o mesmo não aconteceria em relação à Bolsonaro. Por tal razão,
a eventual candidatura de Sérgio Moro só favoreceria uma vitória de Lula. Especialmente
num eventual 2º Turno.
Em todo o caso seriam duas
candidaturas de esquerda (Lula e Moro), contra uma de direita (Bolsonaro), como
sempre foi durante o exercício do “Pacto de Princeton”.
Considerando que a cada dia que passa surgem
novidades para limpar a ficha do marginal Lula da Silva, sendo a última a absurda
anulação da “delação premiada” de Antônio Palocci, um dos maiores expoentes do
PT, resta saber se Sérgio Moro tem ou não consciência dessa situação, se está
se prestando a ser usado como um “inocente útil”, ou está agindo de má-fé
mesmo, como tantos outros “tucanos”, que sorrateiramente sempre esconderam o
esquerdismo que eles têm plantado nas suas almas.
Se realmente se consumar esse
hipotético quadro eleitoral para 2022, atente-se para a sábia frase de Nelson
Rodrigues: “a maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força
numérica dos idiotas, que são a maioria da humanidade”. Resta saber se essa
frase é verdadeira e, se for o caso, em que dimensão afetaria o Brasil.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado
e Sociólogo
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