sábado, 15 de agosto de 2020

Fundão Eleitoral: uma enorme indústria de fake news

Os conservadores estão ignorando, seja por realmente não saberem ou por mera desatenção, que a maior indústria de fake news no Brasil é o famigerado “Fundão Eleitoral”, oficialmente chamado de Fundo Especial de Financiamento de Campanha, criado em 2017.
Essa indústria de mentiras se equipara à indústria de narrativas progressistas das emissoras de televisão e dos antigos grandes (e hoje pequenos) jornais e revistas, tais como Rede Globo, CNN, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Veja e Isto É.
É mundialmente sabido que as campanhas políticas são uma das mais sórdidas atividades humanas, se igualando – em termos de imoralidade, corrupção, lavagem de dinheiro, traição e cinismo – à máfia do jogo, da prostituição e do tráfico de drogas.
“Nas eleições nós fazemos o diabo”, disse certa vez uma delinquente que desejava estocar vento.
Antes já tínhamos o maníaco da parabólica:
“Eu não tenho escrúpulos: o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde”.
Nas eleições de 2018, os políticos, via esse Fundão Eleitoral, sanguessugaram 1,7 bilhão de reais dos impostos dos brasileiros; e, nesse ano de 2020, o Orçamento previu mais 2 bilhões para uso dos sanguessugas, com acréscimo de mais 1 bilhão destinados aos pagamentos de despesas gerais como água, luz e transportes durante as campanhas.
E em 2022, com as eleições presidenciais, os sanguessugas vão estourar de tanto sugar o sangue dos brasileiros, e vão mentir como se fosse o fim dos tempos.
A principal fake news que o Fundão Eleitoral fabrica é esta: campanhas eleitorais pelo Brasil todo divulgam políticos francamente corruptos e com dezenas de processos, e até condenações, como sendo pessoas honestas e probas.
O Fundão também financia inúmeras “reportagens” e “peças publicitárias” nas quais os políticos apresentam seus inimigos como pessoas completamente imorais, expondo desde casos amorosos até envolvimento com o narcotráfico.
Parte disso é verdade mesmo, mas parte é pura mentira, visando apenas destruir os adversários para vencê-los nas urnas.
Ao compreendermos, seja a fundo ou até mesmo superficialmente, que quase a totalidade das campanhas eleitorais é uma imensa e inescrupulosa produção de mentiras, calúnias e difamações, também passamos a entender que o Fundão Eleitoral não é apenas uma fonte de roubo e corrupção, mas uma imensa indústria de fake news.
Agora, o mais importante: quem é o grande defensor e criador dessa imoralidade chamada Fundão Eleitoral?
Exatamente. Os sanguessugas do Congresso, os mesmos que criaram esse espetáculo de cinismo chamado “Inquérito das Fake News”, cuja principal fonte é a própria administradora dos Andaimes do Ódio.
Marco Frenette – jornalista, escritor, editor e diretor de comunicação

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