sexta-feira, 24 de julho de 2020

Odebrecht escondia propinas para Alckmin usando estes codinomes: pudim, pastel, escravo e bolero

Alckmin é acusado de cometer crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral, o chamado caixa dois de campanha.
A denúncia apresentada à Justiça pelo Ministério Público Eleitoral de São Paulo contra o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) nesta quinta-feira aponta que ele recebeu R$ 11,3 milhões da Odebrecht durante as eleições de 2010 e 2014, quando foi eleito e reeleito para o Palácio dos Bandeirantes. Segundo reportagem do G1, os repasses foram feitos por meio do cunhado do ex-governador, Adhemar César Ribeiro, e de um ex-tesoureiro de campanha do tucano, Marcos Antonio Monteiro. A entrega do dinheiro usava senhas como "pastel, pudim, escravo e bolero", diz a denúncia. Os primeiros pagamentos, segundo os promotores do caso, aconteceram entre 28/07/2010 e 02/11/2010, por meio do departamento de Operações Estruturadas da construtora, nome formal do setor da empreiteira responsável por operacionalizar pagamentos de propina e caixa dois a políticos de vários partidos.
Segundo a denúncia, na eleição de 2010, a Odebrecht repassou à Alckmin o valor total de R$ 2 milhões. O dinheiro teria sido entregue por Álvaro José Gallies Novis, doleiro proprietário da Hoya Corretora, ao cunhado de Alckmin, Adhemar César Ribeiro, em vários encontros.

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