domingo, 26 de julho de 2020

Não dê entrevistas no exterior ✰ Artigo de Humberto de Luna Freire Filho

Você cidadão brasileiro depois de um ano de trabalho produtivo resolve tirar 20 dias de merecidas férias e desembarca em um aeroporto do Canadá, ou dos EUA, ou de qualquer país da Europa. De repente um jornalista local, que circulava por lá, descobre que você é brasileiro e resolve entrevistar um cidadão brasileiro comum. Educadamente ele se aproxima, pede desculpa e licença para uma rápida entrevista iniciando com a seguinte pergunta – Qual a situação do Brasil hoje?
Então você inicia falando que hoje o país tem um poder Executivo, que tenta desmontar, apesar de muitas dificuldades, uma quadrilha que durante 18 anos aparelhou o Estado. Na verdade não está fácil, mas os cidadãos de bem torcem e creem que o Presidente da República vai conseguir. Há 18 meses não se rouba os cofres públicos como aconteceu nos últimos 18 anos, o que não deixa de ser um bom sinal.
Sobre o poder Legislativo, todos nós sabemos que as duas Casas, Câmara e Senado, são formadas por 80% de ladrões e corruptos, e que tem todo amparo e proteção jurídica dada por um conluio entre eles e o poder Poder Judiciário por conta de uma excrescência chamada de “foro privilegiado”. Não é sem motivo que os onze membros da Suprema Corte são aprovados pelo Senado em um chá das cinco sem que antes não tenha havido nas dependências de gabinetes privados sujos acertos.
Finalmente sobre o Poder Judiciário, o mais sujo dos três, e que agora começou a querer governar o país e calar o cidadão. Esse antro formado por onze desqualificados, indicados por presidentes corruptos, inclusive presidiários, está causando nojo à sociedade esclarecida e insegurança jurídica. Mas o que poderíamos esperar de uma Corte onde só dois membros são juízes e mesmo assim do baixo clero, enquanto os demais são advogados?
Mas, a indignação maior é que as esposas de três deles tem escritórios de advocacia e defendem os bandidos ricos, que estão sendo julgados pela própria Corte, e pagando altíssimos “honorários” com o dinheiro roubado dos cofres públicos. Na verdade o que as advogadas recebem não são Honorários Advocatícios, é receptação de dinheiro roubado. Uma das dedicadas esposas até destinava um mesada de R$100 mil para o maridinho que atualmente preside a Corte.
A essa altura o jornalista já estava impaciente e bruscamente interrompeu a entrevista e ainda passou um reprimenda no turista – “Você deveria ser mas patriota, o Brasil é um país lindo, como é que você vem para outro país e começa a falar mal do seu próprio país?” – em seguida se retirou. Fica a lição, se você for ao exterior não conceda entrevistas. Jamais irão acreditar que um país tenha um Congresso ou uma Suprema Corte de tão baixo nível moral e cívico. Verdadeiras latrinas.
Humberto de Luna Freire Filho - Médico – Cidadão brasileiro sem medo de corruptos

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