Poucas pessoas entrarão para a história de uma forma tão decepcionante como o ex-ministro da justiça e atual blogueiro da Crusoé, Sérgio Moro. Antes visto como uma pessoa de caráter inquestionável e totalmente comprometido com seu país, Moro passou a figurar como um exemplo vivo de que a ingratidão é uma falha imperdoável.
Sua saída do governo foi bisonha. O ex-ministro parecia determinado a destruir a confiança e o respeito de todos aqueles que o defenderam com unhas e dentes quando este foi vítima da máquina de moer reputações do sistema esquerdista. Quando quase toda a classe política o acusava de persegui-los injustamente e pediam sua cabeça, foram Bolsonaro e seus eleitores quem o premiaram por sua atuação correta como juiz.
A verdade é que Sergio Moro nunca fez mais que sua obrigação. Mas sendo um Brasil um país tão carente de homens públicos que façam sua obrigação, criou-se sobre Moro uma certa aura de heroísmo. O erro foi nosso de esperarmos demais.
Mas os brasileiros que confiaram nele e gastaram tempo e saliva o defendendo dos vazamentos do The Intercept, mereciam algo melhor. Mereciam ao menos, coerência.
Moro se gaba de sua biografia e de sempre “fazer a coisa certa”. Seria a coisa certa abandonar o governo no meio de uma crise de saúde (da qual ele nunca reclamou sobre os abusos de governadores)? Seria a coisa certa acusar o Presidente de interferência na PF (que nunca houve) e insistir para que fosse divulgado vídeo completo de uma reunião ministerial, ao invés de somente as partes do vídeo relativas às acusações?
Ao insistir para que se divulgasse o vídeo completo de uma reunião SECRETA, Sérgio Moro expôs seus colegas ministros à fúria dos ministros do STF (que jamais aceitariam que suas reuniões secretas fossem divulgadas), o que culminou na renúncia do querido ministro da educação, e na perseguição de outros ministros como Ricardo Salles e Damares Alves.
Agora, Sérgio Moro, em entrevista ao Estadão, vem dizer que Bolsonaro nunca esteve comprometido com o combate à criminalidade e à corrupção. Moro parece se esquecer que o Twitter, mantém um registro de mensagens passadas. Mensagens que o mostram elogiando o presidente Bolsonaro justamente por seu apoio ao combate ao crime e à corrupção.
Recentemente, questionado sobre quais seriam bons nomes para disputar as eleições presidenciais de 2022, Moro citou Henrique Mandetta, Luciano Huck e João Doria. Pois é...
Acredito que não preciso escrever mais nada, a biografia do citado fala por si.
Frederico "Fred" Rodrigues - Escritor, Empresário e Comentarista Político.
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