Provavelmente todo mundo já assistiu ao filme “A sombra e a escuridão” estrelado por Val Kilmer e Michael Douglas.
A película conta a história dos acontecimentos ocorridos em março de 1898 em Tsavo, região do Quênia banhada pelo rio que lhe empresta o nome, onde o então Império Britânico, tentando manter a posse do território, decidiu construir uma ponte sobre aquele mesmo rio e enviou para lá um destacamento indiano para executar a obra.
Acontece que dois leões devoradores de homens, passaram a atacar o acampamento dos trabalhadores abatendo mais de uma centena de pessoas antes de serem liquidados pelo responsável pelas obras, o coronel irlandês John Henry Patterson vivido no filme por Val Kilmer.
Por algum motivo este episódio me lembra a tentativa da reconstrução da ponte Brasil e neste meu devaneio os nomes dos leões mudam de Sombra e Escuridão para Parlamento e Supremo.
Incansavelmente estes leões das florestas tupiniquins, tentam sabotar a reconstrução do país atacando sistematicamente tudo o que tenta se feito por aquele que foi escolhido pelo povo para realizar esta obra monumental e inadiável, procurando tolher seus movimentos e calar as vozes daqueles que imploram por libertação de suas garras.
À medida que as obras de reconstrução avançam, a sanha sanguinária dos dois leões se exacerbera. Em decorrência da debilidade das defesas de seus oponentes, extrapolam qualquer senso de ridículo chegando até a definir o universo da internet como parte do domínio de suas casas.
Para eles, qualquer obra de melhoria tem que ser detonada e qualquer palavra a seu favor, calada.
Estes leões mambembes continuam poderosíssimos e podem, como estão realmente conseguindo, causar estragos inimagináveis e irreparáveis tanto ao país, como à vida das pessoas e à sua dignidade.
A situação já ultrapassou o limite do tolerável.
Protestar, sair às ruas, gritar contra seus desmandos têm o mesmo efeito que as paliçadas erguidas pelos britânicos em torno da ponte do Tsavo. Iluminação noturna, armadilhas ou emboscadas de nada serviram para conter a fúria sanguinária dos leões do Quênia. A única solução foi abatê-los mortalmente a tiros de fuzil. Só assim foram contidos depois de deixarem em seu rastro 135 pessoas mortas e devoradas.
Alguma providência inadiável tem que ser tomada para contra os leões do planalto central. Não tenho ideia de qual venha a ser. Só sei que até agora tudo o que foi tentado não surtiu efeito porque sua sanha sanguinária continua cada dia mais aguçada.
Quem sabe, e é apenas uma ideia, não possamos contratar um coronel Patterson para, metaforicamente, abater de vez estas feras insanas?
Fabio Freitas Jacques - Engenheiro e consultor empresarial
Nenhum comentário:
Postar um comentário