Por telefone, Vicente Neto falou com o líder da facção de dentro de uma cela do Centro de Recuperação Penitenciária, onde estavam integrantes da quadrilha.
O Pará vive uma guerra entre criminosos e policiais que trabalham nas cadeias estaduais. Os agentes são chamados de ‘policiais penais’, uma categoria que passou a existir no estado em 2019. Em apenas quatro meses, a classe sofreu, pelo menos, sete atentados e o assassinato de cinco policiais penais.
Em áudio, Vicente Neto negocia com o criminoso:
“A gente está providenciando os colchões e a questão do banho de sol, porque isso é garantia que a gente vai conversar com o diretor”, diz o policial no telefonema.
Apesar de ter conseguido um “favor” da PM, “Léo 41” ainda reclama que os presos costumam ser agredidos dentro do sistema prisional paraense e o tenente-coronel se explica ao bandido, dizendo que um diretor já foi exonerado e faz promessa ao chefe da quadrilha.
“Papo de homem aqui. Se chegar no nosso conhecimento, de imediato, vamos tomar as medidas cabíveis para com o servidor. Não tem espancamento. Eu não preciso estar entrando na cela, torturando”, justifica.
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