Transparência não faz parte da governança de quem tem algo a esconder e pra isso ele se protege com um estafe de apaniguados, empresários corruptos, parte da imprensa que lhes dão proteção e dos políticos que se locupletam do erário público em detrimento da população que é quem deveria ser, efetivamente, os beneficiários do governo.
Nos últimos anos várias ações estão sendo tomadas, implantadas por governantes corruptos neste sentido, e com o advento da pandemia do Covid-19, elas vão se intensificando através de medidas autoritárias, arbitrária e até antidemocrática que atentam ás vezes contra a Constituição Nocional.
Aqui na Bahia, que não é diferente dos demais estados, o governador Rui Costa(PT-BA) está sendo, frequentemente, denunciado por seus opositores de superfaturamento na compra de equipamentos médicos, desvio do dinheiro que era pra ser utilizado no combate ao coronavirus e no entanto e por causa disso, pessoas estão morrendo por falta da assistência médica e leitos hospitalares.
“Eu gosto de salvar vidas humanas” é o que sempre diz o governador Rui Costa ao ser questionado qual a sua maior prioridade no governo da Bahia durante período de pandemia. Mas parece que não é essa sua prioridade. O governador junto com o prefeito desmobilizaram equipes de saúde, desmontaram hospitais de campanha, flexibilizaram ás medidas de controle na prevenção do covid-19 durante o período eleitoral e durante o natal. Resultado, o número de infectados aumentou rapidamente no inicio deste ano e o número de pessoas mortas também.
O sistema é perverso, avarento e não aceita migalhas, ele quer tudo pra ele e não está preocupado com as “vidas humanas” que tanto o governador preconiza. A final Rui Costa é o chefe desse sistema que divide o Estado entre seus políticos de estimação e seja o que Deus quiser. Quem você acha que está ganhando com a construção e administração dos hospitais de campanha, UTIs; contratação de profissionais de saúde e compras dos equipamentos hospitalares para o atendimento dos pacientes de covid? Quem?
Quem está ganhando com o tranca tudo decretado pelo governador, prefeito, falindo comerciantes, causando o desemprego, enquanto o povo é obrigado a ficar em casa para morrer de fome ou de covid? Isto tudo não é obra do acaso, é bem pensado, planejado e que tudo mais vá para o inferno.
Só que o sistema cobra caro por isso e como garantia tem e quer ás instituições públicas á seu favor, com os indicados na chefia destes órgãos pelo governador sempre fazendo tudo que ele pede como parte do acordo pelas suas promoções. Instituições como Advocacia-Geral da União do Estado (AGU), Controladoria Geral da União do Estado (CGU), Auditoria Geral do Estado (AGE), Departamento Nocional de Auditoria do SUS (Denasus), Ministério Público Estadual (MPE), Procuradoria Geral do Estado(PGE), Receita Federal, Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE/BA), Tribunal de Contas da União (TCU), Tribunal Regional Eleitoral (TER), policias civil e militar e outros, estão nas mãos do governo do estado que se sente a vontade para administrar a Bahia do jeito que quiser e livre de cobrança de algum reclamante inoportuno.
Exemplo de um reclamante que vem sendo mal tratado, abandonado e morrendo por falta de apoio estrutural (salário, saúde, atenção jurídica, equipamentos de mobilidade e armamentos) do governo, são os policiais militares, estes profissionais, responsáveis pela segurança pública do Estado, estão exauridos, extenuados e ficando doentes e morrendo diante dos riscos a que estão sendo exposto sem nenhum apoio da instituição militar e do governador Rui Costa que diz gostar de salvar vidas, menos da vida do policial.
O Cabo Wesley Soares, policial da 72ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), foi executado no dia 28/03/2021, em praça pública, no Farol da Barra, bairro nobre de Salvador, só porque ousou questionar ordem autoritária, abusiva dadas por seus superiores, para que policiais reprimam trabalhadores e comerciantes que insistem em não querer morrer de fome e só querem trabalhar, abrir seu comércio. Nessa toada, parte da imprensa, aliada incondicional do governo, principalmente a que faz cobertura policial, entra na cantilena dos comandos do Secretário de Segurança Pública e da Polícia Militar e diz que o policial que ousou dizer “Não” ao sistema que eles são pagos para protegerem, sofreu “surto psicótico” e por isso foi metralhado, mesmo depois de caído ao chão.
Infelizmente o soldado Wesley morreu em vão e logo será esquecido até que outro reclamante como ele morra, e depois outro, e depois mais outro, enquanto o sistema segue impondo, impune, corrupto e cometendo crimes contra a sociedade acuada, que não reage e fica inerte vendo a banda passar.
Juarez Cruz - Escritor e cronista
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