De acordo com jornalista do portal Vortex, informação vazou, pois inquérito era sigiloso
O empreiteiro Marcelo Odebrecht disse à Procuradoria-Geral da República que seu grupo empresarial mantinha um acerto ilícito com o (na época) advogado-Geral da União, Dias Toffoli, e que fazia pagamentos a ele no decorrer do segundo mandato de Lula, entre 2007 e 2009.
As afirmações foram feitas nos dias 6 e 7 de maio, em depoimento autorizado pelo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin, nos autos da PET 8319, que corre em sigilo.
Esses autos contêm o HD de um computador de Marcelo Odebrecht apreendido pela PF em 2015.
Marcelo prestou essas informações após ser confrontado pelos procuradores com uma série de emails encontrados no computador dele.
Ele declarou que um diretor da Odebrecht e um advogado ligado ao PT eram os responsáveis diretos pelo acerto e pelos pagamentos, porém ele não soube especificar valores nem detalhar aspectos operacionais do acerto narrado.
Diante do depoimento do delator e do teor dos emails encontrados HD pessoal dele, os procuradores enviaram a seus superiores um pedido de abertura de inquérito por suspeita de corrupção passiva contra o atual presidente do Supremo.
Vejam só do tamanho da confusão …
Augusto Aras, PGR, decidiu investigar a Força Tarefa da Lava Jato em Curitiba.
Para ter acesso aos arquivos da Força Tarefa, a PGR recorreu ao Supremo e Dias Toffoli autorizou que os arquivos curitibanos fossem ‘liberados’ para investigação.
Pois bem … alguém, provavelmente da Lava Jato, parece que decidiu dar o troco em Dias Toffoli e colocou gasolina na fogueira.
A pergunta que não quer calar:
Se Toffoli não tivesse permitido o acesso aos tais arquivos, a Força Tarefa teria ficado quieta sobre os recebimentos ilícitos do supremo ministro?
Nenhum comentário:
Postar um comentário