domingo, 6 de setembro de 2020

25% dos brasileiros não querem tomar a vacina contra o vírus chinês

Um em cada quatro brasileiros resistem à ideia de tomar a vacina contra o vírus chinês quando ele for registrado.
A informação foi publicada neste domingo no Estado de S.Paulo, a partir de uma pesquisa da ONG Avaaz feita pelo Ibope.
Mil pessoas foram entrevistadas entre os dias 27 e 29 de agosto em todas as regiões do país. Do total de participantes, 75% disseram que tomarão a vacina com certeza, 20% afirmaram que talvez tomem e 5% relataram que não receberão o imunizante de jeito nenhum - o que indica, portanto, 25% de recusa ou incerteza sobre a imunização. A margem de erro da pesquisa é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos.
A hesitação é maior na faixa etária dos 25 aos 34 anos (34%) e entre pessoas da religião evangélica (36%). 
O Ibope também buscou saber as razões para a recusa ou desconfiança na vacina. Entre as principais estão dúvidas quanto à segurança e eficácia do imunizante e teorias da conspiração das mais diversas, como a de manipulação genética ou implantação de um chip por meio da vacina e até a hipótese de que o produto seria feito com fetos abortados, informa a reportagem.
Essas narrativas são comuns em postagens nas redes sociais que propagam fake news.
A reportagem ouviu Laura Moraes, coordenadora de campanhas da Avaaz no Brasil:. Para ela, essas opiniões ameaçam uma eventual política de vacinação contra o coronavírus. "Os números da pesquisa são assustadores. Mostram que, antes mesmo de termos uma vacina aprovada, alguns grupos já estão articulados nas redes para espalhar informações falsas, sem embasamento teórico ou científico, que colocam medo nas pessoas", diz ela.

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