"Quem semeia vento, diz a razão, colhe sempre tempestade.", já dizia o grande Poetinha. Ou, como diz a minha avó: "Ninguém planta chuchu e colhe abobrinha".
Desde o começo do ano, bati muitas vezes em uma mesma "tecla": Joice Hasselmann. Todas as vezes, sem exceção, fui duramente criticado. Até de esquerdista fui chamado. De traidor, inclusive.
Invariavelmente, diziam que não era hora de desunir a direita.
Em nenhum momento a minha intenção foi desunir coisa alguma. A minha tentativa é a de DEFINIR; separar o joio do trigo. E tem muito joio.
Joice sempre teve seu lugar cativo no "centrão". Em 2014, um ano antes de ser demitida da Veja, classificou a candidatura de Bolsonaro como uma "piada". Fazia coro com seus colegas Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo.
Anti-petista? Sim. Direitista? Nem de longe. Conservadora? JAMAIS!
É uma oportunista. Após sua demissão, aproveitou a solidariedade da direita e se infiltrou no meio, criando diversos factoides para mostrar-se como uma "heroína", que perdeu o emprego por lutar pelo Brasil. BALELA!
Em 2018, percebendo a força do "Bolsonarismo", aliou-se àquele que, pouco antes, considerava uma piada. 70% dos seus votos, no mínimo, vieram de suas lives histéricas, após o atentado contra o presidente.
Escolhida como líder do governo no Congresso, nunca escondeu sua simpatia ao Tucanato. Durante seu breve e infeliz "casamento" com os conservadores, nunca deixou de namorar com a isentosfera.
Sua única preocupação, desde que tomou posse, foi a de promover sua própria imagem, junto aos eleitores, visando a prefeitura de São Paulo. Fez mais lives em aeroportos do que qualquer repórter do "Travel and Living Channel". Como parlamentar, é uma ótima blogueira.
Me pergunto quantas vezes, ainda, teremos de quebrar a cara, até aprendermos a não acreditar em tudo e todos.
A carência da direita, ainda bastante inexperiente, já nos fez abraçar, além da Joice, Luana Basto, Patrícia Lelis, Major Olímpio, Kim Kataguiri, Alexandre Frota, Andre Janones, Luis Miranda e uma miríade de aproveitadores e pilantras...
A fase da inocência já acabou. Se continuarmos permitindo que qualquer um nos engane e ganhe espaço em nosso meio, o movimento direitista, que ainda nem saiu das fraldas, vai morrer no berço.
Ou nos definimos, ou sucumbimos.
"As pessoas estão tão desesperadas para que alguém lhes diga o que fazer, que ouvem o primeiro idiota que aparece." (DON DRAPER - Personagem ficcional em Mad Men)
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