Nos últimos dias, a Organização Mundial da Saúde gerou mais uma polêmica quando uma representante do órgão disse que a contaminação de covid-19 feita por assintomáticos é rara. Assintomáticos são aqueles que estão com o vírus, mas não apresentam sintomas.
No começo da pandemia, as informações que deixaram o mundo em desespero diziam que os assintomáticos eram o maior problema, pois estariam contaminando muita gente sem que ninguém pudesse isolá-los. Daí que veio a ideia de trancar todo mundo em casa, que não resolveu nada.
A nova declaração repercutiu e a OMS já fez mais um ajuste no discurso: os assintomáticos são sim um problema, mas ela não sabe o tamanho:. “Estamos absolutamente convencidos de que a transmissão por pessoas assintomáticas está ocorrendo, a questão é saber quanto”, disse Michael Ryan, diretor de operações da OMS.
Desde o início, a OMS tem se mostrado uma entidade pouco confiável. Quando começou a epidemia na China, ela foi contra fechar fronteiras com o gigante asiático.
Quando países da América do Sul queriam declarar pandemia, no começo de março, ela disse que era cedo.
Quando a pandemia começou oficialmente, ela dizia que máscaras não era segura, depois, passou a recomendá-las.
Nas últimas semanas, motivou milhões de pessoas a não usarem cloroquina, depois pediu desculpas porque havia se baseado em um estudo falso.
Quantas vidas foram perdidas por conta de tanta desinformação do órgão que tem sido a principal referência das nossas autoridades?
Como alertei no começo da crise sanitária, o vírus é novo e, portanto, não há dados o suficiente para produzir tantas certezas quanto certas autoridades fingem que possuem.
A lição que se tira é a seguinte: primeiro, a OMS não é confiável. Segundo, todos que justificaram medidas sanitárias com base na OMS, também não são.
Herbert Passos Neto - Jornalista. Analista e ativista político.
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