Sem dúvida o Presidente Jair Bolsonaro acabou aderindo, por absoluta necessidade, mesmo “força maior”, para não jogar fora os “bilhões” que já haviam sido gastos com a obra, à “farsa” da transposição do Rio São Francisco, planejada e iniciada, com “roubo” para ninguém botar defeito, durante a “Era do PT”.
Para começo de conversa, a “mãe natureza” não foi nada bondosa com grande parte da Região Nordeste, fazendo com que essa região faça enorme esforço para matar a sede do seu povo e irrigar as suas plantações. Nem o Rio São Francisco, pelo traçado que lhe deu a natureza, consegue abastecer a contento a área geográfica específica do Nordeste por onde passa. Por isso ele não tem nenhuma “folga” para que lhe roubem água para abastecimento de outras áreas.
Mas os “espertos” engenheiros a serviço do PT, certamente na busca de “votos” para esse partido, resolveram dar uma “mãozinha” aos desígnios da natureza para abastecer de água áreas além da Bacia do Rio Francisco, não contempladas pela Natureza.
Felizmente, por uma lado, essa transposição não foi para “valer”. Foi só para “inglês ver”, e servir para fotografia e filmes. Se tivesse sido para valer, esse “desvio” de águas do Rio São Francisco para abastecer outras regiões não contempladas pela natureza, ”mutilaria” totalmente a serventia desse rio, simplesmente porque diminuiria consideravelmente a água no seu traçado original, na dimensão da água desviada.
Mas pelo destaque dado à inauguração do trecho de águas desviadas que chegou ontem ao Ceará, deu para ver que toda essa “transposição” não passou e continua não passando de uma “empulhada” eleitoral, que era exclusiva do PT, e que agora também foi “abraçada”, por “força maior”, pelo Governo Bolsonaro.
O “porte”de água que consegui enxergar dessa “empulhada” pode ser comparado ao “esgoto” do Arroio Dilúvio, que deságua no Rio Guaiba, em Porto Alegre, porém bem mais “comprido”.
Pelo que percebi na inauguração da chegada da água ao Ceará, a organização do evento foi muita “esperta”, aguardando exatamente o momento “x” da inauguração, com todas as máquinas fotográficas e câmeras de televisão do mundo de “prontidão”, para que mandassem abrir as comportas do “desvio”, que evidentemente acumulou água durante um certo tempo, para despejá-las, repentinamente, “desvio abaixo”, com a força de uma “enxurrada” violenta de água. Foi tanta água que chegou a “respingar” nas câmeras de fotografia e televisão que estavam ali.
Mas poucos minutos depois deu para ver dois homens entrando dentro do “canal”, com a água mal tapando os seus pés.
Apesar de toda essa “festança”, duvido que a quantidade de água desviada do Rio São Francisco até o Ceará tenha volume suficiente para encher diariamente um só copo d’água do povo “beneficiado”. E como fica a irrigação das terras para produzir alimentos? E as águas subterrâneas do Nordeste, abandonadas, que pelo que sei corresponderiam ao tamanho da superfície geográfica do Estado do Piauí?
É bom que fique bem claro que aqui não se critica a continuidade da obra da transposição do Rio São Francisco pelo Governo Bolsonaro. Essa obra lhe empurrada “goela abaixo” pelo PT, e muito pior teria sido abandoná-la, deixando esse serviço “sujo” para o tempo, e assim jogando fora 8 bilhões de reais, parte gasta na obra, outra “desviada”, ”naqueles tempos”, do que prossegui-la.
Bolsonaro não é, nem deve ser, como aqueles gestores públicos que abandonam tudo o que os anteriores começaram.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
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