O presidente Jair Bolsonaro desconfia de um complô contra ele e tem todos os motivos do mundo para tanto
É perfeitamente legítimo não gostar do presidente ou de seu governo. Cada um tem sua visão de mundo, alguém pode achar que o estilo de Jair Bolsonaro é terrível, ou discordar da agenda de reformas. É parte do jogo democrático.
O que não é parte do jogo é flertar com todo tipo de instrumento golpista para derrubar um governo de que não gosta. Dilma, vamos lembrar, não sofreu golpe, mas sim um impeachment após o PT destruir o Brasil, milhões tomarem às ruas de forma pacífica para protestar, e das pedaladas fiscais.
O que tentam fazer com Bolsonaro não tem nada a ver com isso. É buscar uma vitória no “tapetão” após derrota nas urnas. O presidente desconfia de um complô contra ele e tem todos os motivos do mundo para tanto. É inegável que parece haver um movimento orquestrado para retira-lo do poder.
Duvida? Então vejamos: como pode alguém achar normal um ministro do STF tocar um inquérito que envolve o presidente, quem ele considera uma espécie de Hitler? Que tal o outro inquérito sobre Fake News, relatado por Alexandre de Moraes, totalmente irregular e que manda a Polícia Federal na casa de apoiadores do presidente sem qualquer fundamento legal, e ainda impede seus advogados de terem acesso aos processos?
Não bastasse o que vem de um Supremo que é vergonha nacional, temos agora a mídia flertando até com terroristas da Antifa ou com marginais das torcidas organizadas, chamando-os de “democratas” só para inflar arruaças nas ruas em plena pandemia, pois podem enfraquecer o governo.
Até o comedido vice-presidente Mourão perdeu a paciência e lembrou que baderneiros são caso de polícia, não de política, além de alertar que democracia não se defende com faces mascaradas, roupas negras e barras de ferro. Mourão alfinetou ainda os “sessentões nas redações”, que resolveram voltar aos seus anos dourados de agitação estudantil. No ponto!
O que fica claro é que a turma derrotada nas eleições tenta esticar a corda ao máximo, na esperança de que o “fascismo imaginário” se torne real. É feio, e perigoso. É um jogo muito sujo. Democratas de verdade aceitam o resultado das urnas!
Rodrigo Constantino - Economista e escritor
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