quarta-feira, 24 de junho de 2020

Ou existem inimigos infiltrados ou a direita brasileira tem as lideranças mais estúpidas da Terra

Meu pai costuma dizer que “algumas caridades acabam virando pecado mortal”.
Na política brasileira acontecem algumas coisas que, honestamente, não consigo saber se são motivadas por inocência, burrice ou realmente más intenções.
Desde o impeachment de Dilma, o clima de convulsão social não acalmou. Pelo contrário, a polarização só aumentou.
Estamos sentados em um barril de pólvora e, Deus sabe o porquê, achamos uma ótima ideia brincarmos com fósforos.
Para qualquer pessoa com o mínimo de bom senso, a situação é extremamente clara.
Elegemos um presidente contra a vontade do sistema, desagradamos os poderosos e a mídia. Era óbvio que a guerra não terminaria assim.
O establishment é tão seguro de si, que José Dirceu declarou, publicamente: “Nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição”.
A esquerda sabe mexer as suas peças … fizeram a política brasileira sozinhos nas últimas décadas.
Se alguém ainda duvida do seu poder de articulação, basta ver quantos parlamentares ela [a esquerda] elegeu com os votos dos conservadores, surfando na onda do “Bolsonarismo” … Joice, Frota, Kim, Janaína, Janones … (sim, esses são esquerdistas infiltrados).
A lista é longa. Basta ver, também, quantos sociais-democratas a direita colocou em um pedestal.
Mas o nosso “amadorismo” não para por aí. Nós amamos criar ícones e heróis.
Em um país onde todos estão revoltados, é muito fácil ganhar espaço.
Basta xingar, vociferar contra os opositores, mostrar-se como perseguido e/ou “guerreiro da justiça”.
Foi assim que Hasselmann, que considerava Bolsonaro uma piada, tornou-se uma de suas principais “cabos eleitorais”; foi assim que Frota, um ator pornô, se elegeu com o voto dos conservadores; foi assim que o MBL, o PSDB sem naftalina, se tornou um movimento da direita; foi assim que Nando Moura, um alucinado sem qualquer conteúdo, atingiu mais de 3 milhões de seguidores; foi assim que Sara Winter, que ganhou reconhecimento por ser a líder brasileira de um dos mais notórios grupos feministas do planeta, se tornou a musa da “new right”.
Sinto muito, mas é impossível acreditar que algumas coisas são feitas com as melhores das intenções; exceto, claro, se acreditarmos que a estupidez de determinados indivíduos é absolutamente ilimitada. O que não acredito.
Bolsonaro é atacado diuturnamente pela imprensa. Tentam, de todas as formas, imputar-lhe o rótulo de antidemocrático.
Para quem tem o mínimo de esclarecimento, isso é uma bobagem. A maioria da população, porém, não tem esse discernimento.
O Presidente já disse que “quem pede AI-5 são ignorantes”; que “Intervenção Militar é coisa de quem não sabe interpretar a Constituição”.
Ainda assim, uma minoria radical e anti-democrática se infiltra nas manifestações com estes pedidos, alimentando as narrativas falaciosas da mídia.
Como se não fosse o suficiente, agora, temos um acampamento “a favor do Brasil”, fazendo vigílias noturnas com máscaras e tochas, criando um cenário de fazer inveja a qualquer filme de terror com temática medieval.
Com uma imprensa que consegue transformar um copo de leite em um símbolo supremacista e uma imposição de mãos, em oração, em uma saudação nazista, manifestações declaradamente anti-democráticas e explicitamente midiáticas não podem ser simples obras do “acaso”.
Ou existem inimigos infiltrados, planejando meticulosamente essas cenas, para usá-las contra o governo, ou a direita brasileira tem as lideranças de movimentos mais estupidas da face da Terra.
De um jeito ou de outro, se não começarmos a prestar atenção nas nossas manifestações, nas narrativas que estamos sendo usados para criar, eles realmente tomarão o poder, como “profetizou” Dirceu.
LAVEM AS MÃOS E ABRAM OS OLHOS!

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