Na política brasileira acontecem algumas coisas que, honestamente, não consigo saber se são motivadas por inocência, burrice ou realmente más intenções.
Desde o impeachment de Dilma, o clima de convulsão social não acalmou. Pelo contrário, a polarização só aumentou.
Estamos sentados em um barril de pólvora e, Deus sabe o porquê, achamos uma ótima ideia brincarmos com fósforos.
Para qualquer pessoa com o mínimo de bom senso, a situação é extremamente clara.
Elegemos um presidente contra a vontade do sistema, desagradamos os poderosos e a mídia. Era óbvio que a guerra não terminaria assim.
O establishment é tão seguro de si, que José Dirceu declarou, publicamente: “Nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição”.
A esquerda sabe mexer as suas peças … fizeram a política brasileira sozinhos nas últimas décadas.
Se alguém ainda duvida do seu poder de articulação, basta ver quantos parlamentares ela [a esquerda] elegeu com os votos dos conservadores, surfando na onda do “Bolsonarismo” … Joice, Frota, Kim, Janaína, Janones … (sim, esses são esquerdistas infiltrados).
A lista é longa. Basta ver, também, quantos sociais-democratas a direita colocou em um pedestal.
Mas o nosso “amadorismo” não para por aí. Nós amamos criar ícones e heróis.
Em um país onde todos estão revoltados, é muito fácil ganhar espaço.
Basta xingar, vociferar contra os opositores, mostrar-se como perseguido e/ou “guerreiro da justiça”.
Foi assim que Hasselmann, que considerava Bolsonaro uma piada, tornou-se uma de suas principais “cabos eleitorais”; foi assim que Frota, um ator pornô, se elegeu com o voto dos conservadores; foi assim que o MBL, o PSDB sem naftalina, se tornou um movimento da direita; foi assim que Nando Moura, um alucinado sem qualquer conteúdo, atingiu mais de 3 milhões de seguidores; foi assim que Sara Winter, que ganhou reconhecimento por ser a líder brasileira de um dos mais notórios grupos feministas do planeta, se tornou a musa da “new right”.
Sinto muito, mas é impossível acreditar que algumas coisas são feitas com as melhores das intenções; exceto, claro, se acreditarmos que a estupidez de determinados indivíduos é absolutamente ilimitada. O que não acredito.
Bolsonaro é atacado diuturnamente pela imprensa. Tentam, de todas as formas, imputar-lhe o rótulo de antidemocrático.
Para quem tem o mínimo de esclarecimento, isso é uma bobagem. A maioria da população, porém, não tem esse discernimento.
O Presidente já disse que “quem pede AI-5 são ignorantes”; que “Intervenção Militar é coisa de quem não sabe interpretar a Constituição”.
Ainda assim, uma minoria radical e anti-democrática se infiltra nas manifestações com estes pedidos, alimentando as narrativas falaciosas da mídia.
Como se não fosse o suficiente, agora, temos um acampamento “a favor do Brasil”, fazendo vigílias noturnas com máscaras e tochas, criando um cenário de fazer inveja a qualquer filme de terror com temática medieval.
Com uma imprensa que consegue transformar um copo de leite em um símbolo supremacista e uma imposição de mãos, em oração, em uma saudação nazista, manifestações declaradamente anti-democráticas e explicitamente midiáticas não podem ser simples obras do “acaso”.
Ou existem inimigos infiltrados, planejando meticulosamente essas cenas, para usá-las contra o governo, ou a direita brasileira tem as lideranças de movimentos mais estupidas da face da Terra.
De um jeito ou de outro, se não começarmos a prestar atenção nas nossas manifestações, nas narrativas que estamos sendo usados para criar, eles realmente tomarão o poder, como “profetizou” Dirceu.
LAVEM AS MÃOS E ABRAM OS OLHOS!
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