A tecnologia em algum momento iria sobrepor a categoria, processos seriam automatizados e os advogados que não estivessem atentos se tornariam obsoletos e substituídos por máquinas e robôs.
Aí veio a pandemia e o profissional tão acostumado a enxergar a vulnerabilidade de seus clientes, se viu mais vulnerável que nunca.
Advogados tiveram que trancar seus escritórios e abrir a porta de casa para continuar trabalhando. O terno e a gravata deixaram de fazer sentido. As salas de reunião, tão bem projetadas, ficaram vazias.
A mudança, que seria liderada pela tecnologia, passou a ser liderada pelo desconhecido e para o desconhecido não há plano de contingência.
Mas a demanda pelo trabalho continuou.
O debate da matéria jurídica em si se tornou protagonista.
A relação de confiança entre advogado e cliente teve que se fortalecer diante de um cenário de tanta insegurança.
A pandemia vai acabar, mas vai deixar um legado de mudanças de valores.
E o advogado terá que se ressignificar.
Renata Bravo - Diretora Jurídica, FSB
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