sábado, 12 de setembro de 2020

Bolsonaro e os ex-presidentes ✰ Artigo de Sérgio Alves de Oliveira

Em nenhum eleição periódica da (pseudo)democracia “à brasileira” das quais participei consegui ter a ventura de votar em algum candidato à presidente da república no qual eu realmente  depositasse  fé, ou confiança, e de que de fato esse candidato seria bom para o país, embora o “dito-cujo” pudesse estar representando, na melhor das hipóteses, quando muito, o “menor-pior”, dentro da relação de candidatos escolhidos pelos partidos políticos numa democracia absolutamente degenerada, que dificilmente acolhe candidatos com o perfil que seria mais adequado à sociedade.
Nesse sentido, são extremamente “canalhas” os argumentos segundo os quais muitos justificam a plena validade dessa (pseudo)democracia em face da opção de poder votar “nulo”, ou “em branco”, e que esse simples detalhe  superaria qualquer eventual falha na “democracia”, relativa à nominata dos candidatos escolhidos pelos partidos políticos e homologados pela Justiça Eleitoral. Mas em todo o caso, o eleitor fica obrigado a comparecer às urnas, quase sob “vara”, mesmo que ”a posteriori”, sofrendo punição de diversas restrições aos seus direitos se ousar infringir o “manual” da Justiça Eleitoral, que o obriga a comparecer às urnas.
Esse simples “detalhe” me faz recordar das palavras do “fuhrer” Adolf Hitler, escritas na sua “Mein Kampf”, enquanto ele estava preso, no momento em que o maior responsável pelo extermínio de 6 milhões de judeus garante que na sua pátria de origem, a Áustria, “a pior escória da sociedade era levada a fazer e viver da política”.
É por essa simples razão que engana-se quem pensa que o “ódio” manifesto da classe política de todo o mundo contra o “fuhrer” tenha origem nas atrocidades e genocídio que ele cometeu contra milhões de seres humano. Ao contrário, esse desprezo unânime dos políticos pela sua pessoa reside na declarada aversão que Hitler tinha por essa “categoria”.
“Ab initio”, impõe-se uma pergunta. E direta: será que a classe política brasileira dos anos 2020 teria as mesmas (des)virtudes dos políticos que dominavam a Áustria durante a juventude de Hitler, na primeira metade do século passado? E “igualmente”, no Brasil de hoje, como na Áustria de ontem, não estariam sendo atraídos a fazer a política a pior escória da sociedade? Escória retirada do esgoto moral da sociedade para fazer política?
Certamente  não surge  de  graça  a ideia que a cada dia mais cresce na opinião pública de que a única atividade “profissional” bem  remunerada no Brasil que não depende de qualquer formação escolar, estudos, capacitação, preparação, provas, exames ou ”vestibulares”, e que para ser ocupada os únicos requisitos exigidos são os de  possuir um título eleitoral, conseguir indicação por algum partido político, concorrer, e ser “eleito”, para algum mandato eletivo qualquer, nos Poderes Executivo ou Legislativo (vereador, deputado estadual ou federal, senador, prefeito, governador, ou presidente da república), corresponde exatamente aos chamados “políticos”, aquele conjunto de pessoas geralmente sem qualquer qualificação que na maioria dos casos não serve para fazer absolutamente mais nada, além de “política”.
É por essa simples razão que a preparação exigida para ser aprovado em algum concurso público, mesmo disputando os cargos mais modestos, e com baixa remuneração, invariavelmente exigirá do candidato muito melhor preparação e qualificação do que para ser eleito e exercer um mandato eletivo qualquer.
Portanto, a política sempre será o lugar mais confortável para quem não serve para fazer mais nada, bem como o melhor abrigo para quem tem sérias deficiências morais ou de caráter, mesmo tendência à criminalidade. Muitos buscam a segurança dentro da política para cometerem impunemente os seus crimes. É por essa simples razão que a Justiça dificilmente consegue, ou “se dispõe”, a punir políticos que cometem crimes. E se é verdade, como diz o povo, que a Justiça deixa muito a desejar em relação à condenação e punição dos “ricos”, ou seja, que ela só pune pobre, muito mais essa verdade se aplica em relação à punição de políticos, principalmente à vista das leis “defensivas” que eles próprios aprovam, “em causa própria”. ”Plagiando” a bíblia: ” seria mais difícil manter um político preso do que passar um camelo pelo buraco de uma agulha”? Lula da Silva que o diga!!!!
Os perigos decorrentes de uma democracia deturpada foram apontados por diversos pensadores de “escol”. Nelson Rodrigues, por exemplo, afirmou que “a maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas, que são a maioria da humanidade”. Segundo Joseph-Marie de Maistre, filósofo francês, ”cada povo tem o governo que merece”.
No caso do Brasil, poderia ser considerada saudável uma democracia que optou pela própria desgraça, escolhendo “um” Jânio Quadros, ou José Sarney (eleito indiretamente pelo Congresso), Collor de Mello/Itamar Franco, Fernando H. Cardoso, Lula da Silva, Dilma Rousseff/José Temer? E como se enquadraria o caso do Presidente Jair Bolsonaro, comandante do país desde 1º de janeiro de 2019?
Apesar de todos os embaraços encontrados  para governar, provocados pelo aparelhamento do Estado, e das leis deixadas pela esquerda enquanto governou, de 1985 a 2018, pelo Congresso Nacional, e pelo Supremo Tribunal Federal - internamente subjugados pelo “mecanismo” (“establishment”) e, em termos globais, pela  NOVA ORDEM MUNDIAL, o Governo Bolsonaro tem se saído muito melhor que os anteriormente citados, apesar dos seus “pecados”, não propriamente pelo que fez, e mais pelo que “não fez”, ”aprisionado” pelo aparelhamento do Estado deixado pela esquerda, sem tomar as medidas que seriam requeridas, inclusive plenamente CONSTITUCIONAIS, que lhe proporcionariam boa e segura governança.
Mas o excesso de confiança que Bolsonaro tem na sua reeleição, e da mídia que o apoia, em outubro de 2022, corre o risco de frustração por um eleitorado volúvel e instável, que tanto pode eleger um “Bolsonaro”, quanto um “Jânio”, um ”FHC”, um Lula, uma Dilma/Temer, ou um outro “merda” qualquer!!!
E ninguém tem mais poderes para reverter todo esse boicote e sabotagem política feita contra o Governo Bolsonaro, ameaçando a sua reeleição, do que o próprio “ameaçado”, que acumula com a presidência da república o cargo de Chefe Supremo das Forças Armadas, segundo a Constituição, bastando para isso acionar o seu artigo 142, fazendo todas as reformas necessárias, com afastamento imediato de todos os obstáculos, (des)aparelhando o Estado. E uma única virtude seria necessária ao Presidente para salvar o Brasil das mãos políticas delinquentes que o dominam: coragem!!!
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

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