Em
nenhum eleição periódica da (pseudo)democracia “à brasileira” das quais
participei consegui ter a ventura de votar em algum candidato à presidente da república
no qual eu realmente depositasse fé, ou confiança, e de que de fato esse candidato
seria bom para o país, embora o “dito-cujo” pudesse estar representando, na
melhor das hipóteses, quando muito, o “menor-pior”, dentro da relação de candidatos
escolhidos pelos partidos políticos numa democracia absolutamente degenerada, que
dificilmente acolhe candidatos com o perfil que seria mais adequado à
sociedade.
Nesse
sentido, são extremamente “canalhas” os argumentos segundo os quais muitos
justificam a plena validade dessa (pseudo)democracia em face da opção de poder votar
“nulo”, ou “em branco”, e que esse simples detalhe superaria qualquer eventual falha na
“democracia”, relativa à nominata dos candidatos escolhidos pelos partidos
políticos e homologados pela Justiça Eleitoral. Mas em todo o caso, o eleitor
fica obrigado a comparecer às urnas, quase sob “vara”, mesmo que ”a
posteriori”, sofrendo punição de diversas restrições aos seus direitos se ousar
infringir o “manual” da Justiça Eleitoral, que o obriga a comparecer às urnas.
Esse
simples “detalhe” me faz recordar das palavras do “fuhrer” Adolf Hitler, escritas
na sua “Mein Kampf”, enquanto ele estava preso, no momento em que o maior
responsável pelo extermínio de 6 milhões de judeus garante que na sua pátria de
origem, a Áustria, “a pior escória da sociedade era levada a fazer e viver da
política”.
É
por essa simples razão que engana-se quem pensa que o “ódio” manifesto da
classe política de todo o mundo contra o “fuhrer” tenha origem nas atrocidades
e genocídio que ele cometeu contra milhões de seres humano. Ao contrário, esse
desprezo unânime dos políticos pela sua pessoa reside na declarada aversão que
Hitler tinha por essa “categoria”.
“Ab
initio”, impõe-se uma pergunta. E direta: será que a classe política brasileira
dos anos 2020 teria as mesmas (des)virtudes dos políticos que dominavam a
Áustria durante a juventude de Hitler, na primeira metade do século passado? E
“igualmente”, no Brasil de hoje, como na Áustria de ontem, não estariam sendo
atraídos a fazer a política a pior escória da sociedade? Escória retirada do
esgoto moral da sociedade para fazer política?
Certamente
não surge de graça a
ideia que a cada dia mais cresce na opinião pública de que a única atividade
“profissional” bem remunerada no Brasil que
não depende de qualquer formação escolar, estudos, capacitação, preparação, provas,
exames ou ”vestibulares”, e que para ser ocupada os únicos requisitos exigidos são
os de possuir um título eleitoral, conseguir
indicação por algum partido político, concorrer, e ser “eleito”, para algum
mandato eletivo qualquer, nos Poderes Executivo ou Legislativo (vereador, deputado
estadual ou federal, senador, prefeito, governador, ou presidente da república),
corresponde exatamente aos chamados “políticos”, aquele conjunto de pessoas
geralmente sem qualquer qualificação que na maioria dos casos não serve para
fazer absolutamente mais nada, além de “política”.
É
por essa simples razão que a preparação exigida para ser aprovado em algum
concurso público, mesmo disputando os cargos mais modestos, e com baixa
remuneração, invariavelmente exigirá do candidato muito melhor preparação e
qualificação do que para ser eleito e exercer um mandato eletivo qualquer.
Portanto,
a política sempre será o lugar mais confortável para quem não serve para fazer mais
nada, bem como o melhor abrigo para quem tem sérias deficiências morais ou de
caráter, mesmo tendência à criminalidade. Muitos buscam a segurança dentro da
política para cometerem impunemente os seus crimes. É por essa simples razão
que a Justiça dificilmente consegue, ou “se dispõe”, a punir políticos que
cometem crimes. E se é verdade, como diz o povo, que a Justiça deixa muito a
desejar em relação à condenação e punição dos “ricos”, ou seja, que ela só pune
pobre, muito mais essa verdade se aplica em relação à punição de políticos, principalmente
à vista das leis “defensivas” que eles próprios aprovam, “em causa própria”. ”Plagiando”
a bíblia: ” seria mais difícil manter um político preso do que passar um camelo
pelo buraco de uma agulha”? Lula da Silva que o diga!!!!
Os
perigos decorrentes de uma democracia deturpada foram apontados por diversos
pensadores de “escol”. Nelson Rodrigues, por exemplo, afirmou que “a maior
desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas, que
são a maioria da humanidade”. Segundo Joseph-Marie de Maistre, filósofo
francês, ”cada povo tem o governo que merece”.
No
caso do Brasil, poderia ser considerada saudável uma democracia que optou pela
própria desgraça, escolhendo “um” Jânio Quadros, ou José Sarney (eleito
indiretamente pelo Congresso), Collor de Mello/Itamar Franco, Fernando H. Cardoso,
Lula da Silva, Dilma Rousseff/José Temer? E como se enquadraria o caso do
Presidente Jair Bolsonaro, comandante do país desde 1º de janeiro de 2019?
Apesar
de todos os embaraços encontrados para
governar, provocados pelo aparelhamento do Estado, e das leis deixadas pela
esquerda enquanto governou, de 1985 a 2018, pelo Congresso Nacional, e pelo
Supremo Tribunal Federal - internamente subjugados pelo “mecanismo”
(“establishment”) e, em termos globais, pela
NOVA ORDEM MUNDIAL, o Governo Bolsonaro tem se saído muito melhor que os
anteriormente citados, apesar dos seus “pecados”, não propriamente pelo que fez,
e mais pelo que “não fez”, ”aprisionado” pelo aparelhamento do Estado deixado pela
esquerda, sem tomar as medidas que seriam requeridas, inclusive plenamente
CONSTITUCIONAIS, que lhe proporcionariam boa e segura governança.
Mas
o excesso de confiança que Bolsonaro tem na sua reeleição, e da mídia que o
apoia, em outubro de 2022, corre o risco de frustração por um eleitorado
volúvel e instável, que tanto pode eleger um “Bolsonaro”, quanto um “Jânio”, um
”FHC”, um Lula, uma Dilma/Temer, ou um outro “merda” qualquer!!!
E
ninguém tem mais poderes para reverter todo esse boicote e sabotagem política
feita contra o Governo Bolsonaro, ameaçando a sua reeleição, do que o próprio
“ameaçado”, que acumula com a presidência da república o cargo de Chefe Supremo
das Forças Armadas, segundo a Constituição, bastando para isso acionar o seu
artigo 142, fazendo todas as reformas necessárias, com afastamento imediato de
todos os obstáculos, (des)aparelhando o Estado. E uma única virtude seria
necessária ao Presidente para salvar o Brasil das mãos políticas delinquentes
que o dominam: coragem!!!
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
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