Difícil é compreender como a pequenez dos cérebros políticos de grande parte dos eleitores paulistanos, que levaram Covas e Boulos para o 2º Turno nas eleições para prefeito de São Paulo, tenham conseguido erguer essa bela, rica, gigantesca e maravilhosa metrópole de São Paulo.
Não é a primeira vez que os paulistanos optam por alguma “esquisitice” para governá-los, alguns dos quais se destacando no “ranking” da corrupção política.
Nesse exato sentido, parece que os eleitores locais não têm consciência que estão sendo tomados por “palhaços” no tremendo circo montado pela esquerda nas eleições municipais de novembro de 2020, para prefeito de São Paulo.
Aparentemente, mas só aparentemente, essa “final” da eleição para definir quem governará o município de São Paulo, a partir de 1º de janeiro de 2021, esta sendo precedida de uma guerra “mortal” entre os dois candidatos, com todo tipo de troca de acusações.
Mas essa “final” de esquerda numa eleição não é coisa nova. Hegel e Marx conceberam esse tipo de “final”, entre dois esquerdistas, um radical, e outro “moderado”, até com “cheiro” de direita. Foi o que chamaram de “Estratégia das Tesouras”, com duas lâminas vindo de lados opostos, mas com o mesmo objetivo a “cortar”.
Essa demoníaca estratégia política foi adotada por Lenin, líder bolchevique na Revolução Russa de outubro de 1917, e mais recentemente por Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, representando o “Diálogo Interamericano”, e Lula da Silva, líder máximo do PT, em nome do Foro San Pablo, quando em 1993 firmaram o chamado “Pacto de Princeton”, nos Estados Unidos, estabelecendo um “rodízio” de partidos de esquerda no comando do Brasil.
Desse modo, o PSDB e o PT sempre chegaram às finais da eleição presidencial, polarizando as disputas, a partir de 1995, com FHC, que exerceu dois mandatos consecutivos (8 anos), garantindo alguns que FHC tenha “passado –a- perna” no PT no segundo mandato. Mas depois o PT “compensou” essa “perda”, com Lula e Dilma, que governaram de 2003 a 2016.
Sem meias palavras, o que se vê nessa “final” da eleição para prefeito do município de São Paulo é a plena aplicação do “Pacto de Princeton”, só sendo alterado com um dos partidos na disputa final, mantido o PSDB na outra “ponta”, que ao invés do PT, agora será o tal de PSOL, que muitos garantem que se comparado a esse partido o PT pode ser considerado partido de “direita”, ”conservador”, ”cafona”. Mas esse fenômeno não pode causar nenhuma surpresa para quem já conseguiu perceber que a política brasileira tem a característica de “piorar” a cada dia e a cada eleição que passa. Por isso a ascensão do PSOL não pode surpreender.
E essas “pesquisas” eleitorais que estão sendo feitas perto da eleição de 2º Turno, com a (nada) surpreendente aproximação de Boulos sobre a o candidato Covas, parece repetir o passado. Ninguém ficaria surpreso com a vitória de Boulos, provavelmente não nas “lá” urnas, mas na finalização dada pelos computadores do TSE. É só aguardar.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
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