sexta-feira, 21 de maio de 2021

Alertas dos EUA sobre madeira ilegal não têm ligação com ministro Ricardo Salles

Embaixada americana disse não comentar investigações em andamento, mas fonte descartou ligação de denúncia com ministro

Uma fonte do blog com conhecimento da informação sobre a operação contra o ministro Ricardo Salles descartou possível relação entre os alertas de envio ilegal de madeira brasileira para portos americanos e o chefe do Meio Ambiente.
Na manhã de quarta-feira (19), o político foi um dos alvos de operação da Polícia Federal para apurar suspeitas de crimes ambientais.
Oficialmente, a embaixada americana não comentou o episódio. "Nossa cooperação ambiental com o Brasil é profunda e multifacetada e temos toda a confiança que continue. Como política não comentamos sobre investigações em andamento". Segundo a fonte, porém, são casos distintos.
Os Estados Unidos relataram vários casos de contrabando de madeira brasileira para os portos americanos entre o fim de 2019 e início de 2020. As informações foram encaminhadas ao Ibama, órgão responsável pela emissão de autorizações e controle do material que sai do Brasil.
Os alertas, no entanto, foram rebatidos pelo instituto brasileiro, que tentou convencer as autoridades estrangeiras que o procedimento de autorização tinha mudado e os documentos exigidos já não eram mais necessários.
Entre os alvos da Polícia Federal, além de Salles, estavam empresários do ramo madeireiro e servidores públicos, entre eles o presidente do Ibama, Eduardo Bim. A investigação teve origem em denúncias feitas por autoridades estrangeiras sobre suposto "desvio de conduta de servidores públicos brasileiros no processo de exportação de madeira".
Ricardo Salles disse considerar a operação desnecessária. "O ministério e todos os funcionários poderiam ter ido, se chamados, à Polícia Federal", afirmou.

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