A fragilidade da CPI da Pandemia foi implodida ontem pelo ex-ministro Eduardo Pazzuelo. O que seria uma “tragédia” para o governo virou um encontro com a verdade e a soberania dos fatos.
O relator Renan Calheiros, enfrentou uma muralha pela frente. O general não se intimidou: rebateu com altivez o senador que apoiava as suas denúncias em recortes da imprensa e em registros pinçados fora do contexto. Calheiros demonstrou estar mal assessorado. Toda a sua arguição era apoiada no noticiário deturpado da imprensa de oposição, que há meses distorce os fatos para seguir os mesmos passos da CPI: atingir o presidente Jair Bolsonaro. Como esse noticiário é produzido de forma deturpada, o vício de origem foi trazido para a CPI. Não resistiu aos confrontos com a realidade. Foi o pior dia da CPI e o feitiço virou contra o feiticeiro. Renan foi abatido a cada pergunta. Desconcertado, tentava reeditar as questões que achava “cabeludas”. Encontrou um depoente preparado, municiado por documentos, colocando os pontos nos “is”, especialmente sobre o uso da cloroquina, a interferência de Bolsonaro no Ministério e as compras da vacina.
Ficou claro o objetivo político desta CPI. Foi lamentável ver o presidente da Comissão, o senador Omar Aziz, e Eduardo Braga jogando para o eleitorado amazonense. A CPI não aguenta um depoente preparado. Ela se alimenta do medo, da bravata e da intimidação, além da grosseria e da falta de educação.
Cláudio Magnavita - diretor de redação do Correio da Manhã
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