Antes foi o Brasil com os gastos astronômicos inúteis na compra dos aviões Caça F-39 Gripen, da Suécia. Agora é a Argentina, com a encomenda que está fazendo dos caças chineses JF-17, considerados dos mais avançados do mundo.
Entre os dois países existem algumas coincidências “históricas” comuns. Ambos estão na “merda” econômica (mais os argentinos), e parecem estar “competindo” pela primazia das respectivas forças aéreas na “pobre” América do Sul, alimentando a ganância econômica irrefreada dos países e fabricantes estrangeiros.
Mas ao mesmo tempo em que fazem essa competição imbecil “aeronáutica”, com caças adquiridos do exterior para suas próprias defesas, outra equivalência entre eles, ”coincidentemente”, é que a qualidade de vida dos seus respectivos povos deixa muito a desejar, e não é nada condizente com essas astronômicas aquisições através de verbas públicas, suportadas, evidente e invariavelmente, pelos contribuintes, sujeitos passivos dos “terrorismos tributários” dos seus respectivos países.
Não consigo precisar até que ponto essas absurdas políticas de desperdício dos recursos dos povos brasileiro e argentino, dente outros, é lógico, não seria apenas para contentar os militares “subdesenvolvidos”, e suas forças aéreas, os quais provavelmente estariam “sonhando”, ou talvez querendo “fazer de conta”, que essas meias dúzias de caças mais sofisticados estariam garantindo os seus países contra eventuais invasões por outros países mais ricos, ou militarmente mais potentes.
Somente para se ter uma ideia, durante os conflitos bélicos envolvendo aeronaves na 2ª Guerra Mundial (01.09.1939 a 02.09.1945), a produção SEMANAL de aeronaves de combate, caças e bombardeiros, pelas Forças Aliadas, ou pela Alemanha, ou pelo Japão, tão somente para recompor o número de aeronaves abatidas, supera em muito o número de caças (somados) agora adquiridos pela Argentina e pelo Brasil. Estão sendo comprados 36 caças suecos F-39 Gripen pela FAB, e 12 caças chineses JF-17, pela FAA, que parece reforçar a política de total submissão argentina aos interesses da China.
Não faz muitos anos que os arrogantes militares argentinos e sua “força aérea” foram completamente humilhados, desmoralizados e mesmo “despedaçados” pela Marinha, e por “meia dúzia” de caças do Reino Unido, a partir dos seus porta-aviões, na Guerra pela disputa das Ilhas Malvinas, apesar dos argentinos estarem “em casa”, e os britânicos separados por milhares de quilômetros de mar da sua “sede”. E se esse conflito tivesse sido com o Brasil, certamente o resultado teria sido o mesmo.
Isso significa que querer se “exibir”, se defender, ou atacar, com equipamentos e aviões cujas tecnologias não domina, sempre vai dar em desastre.
Quando vejo os números “relativos” das despesas com instrumentos de defesa ou de guerra brasileiros, comparados às grandes potências econômicas, ou militares do mundo, só posso concluir da inutilidade absoluta desses gastos. Para fins exclusivamente de defesa, nenhuma ou muito pouca diferença haveria entre o Brasil contar com os caças suecos, ou com os seus “Super Tucano”, que têm certidão de nascimento e batismo brasileiros.
Resumidamente, na cabeça dos militares e dos políticos, o Brasil não passa de “um pobre metido a rico”, com imenso sacrifício do seu povo.
Sérgio Alves de Oliveira / Advogado e Sociólogo
Um comentário:
A questão não é tão simplista assim, a Suécia vai entregar junto com os Gripen, a tecnologia e projetos, daí que doravante o BRASIL poderá fazer os seus próprios caças, quiçá aplicar-lhes tecnologia própria, tornando-os únicos e comercializáveis.
Postar um comentário