Nesta quarta-feira (23), o deputado Luis Claudio Miranda (DEM-DF) revelou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi avisado por ele e pelo servidor da Saúde, Luis Ricardo Miranda, seu irmão, a respeito de irregularidades no contrato de compra de vacinas da Covaxin por parte do Ministério da Saúde. Eleito em 2018, o deputado acumula processos tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, entre as acusações estão estelionato e ameaças de morte.
Luis Claudio Fernandes Miranda foi eleito deputado pelo Distrito Federal em 2018, mesmo morando nos Estados Unidos. Nas últimas eleições, ele teve 65.107 votos e ficou em 6º lugar na disputa pela Câmara dos Deputados.
Segundo entrevista dada ao G1 em 2018, o agora deputado se mudou para Miami em 2014, antes da Copa do Mundo. Ele disse que não conseguiu ficar no país vendo os gastos com o Mundial "enquanto a população sofria".
Miranda ficou famoso por dar dicas na internet de como empreender nos Estados Unidos, fazendo comparações sociais e econômicas entre o Brasil e o país norte-americano. Uma das suas bandeiras parlamentares é a defesa de uma reforma tributária nos mesmos moldes adotados pelo ex-presidente americano Donald Trump.
Durante o horário eleitoral gratuito de 2018, ele posava ao lado de uma bandeira americana. Naquelas eleições Luis Miranda declarou um patrimônio de 7,2 milhões de reais.
Luis Miranda iniciou sua carreira empresarial em 2005 com a Fitcorpus, uma franquia de clínicas de estética, proibida de atuar pelo Conselho Regional de Medicina do DF, que foi a falência em meio a calotes e por processos na Justiça provenientes de franqueados, sócios, pacientes e ex-funcionários.
Em um desses processos, no ano de 2019, o deputado federal teve, por ordem da Justiça do Trabalho do Distrito Federal, 30% de seu salário bruto penhorado até que o valor fosse o suficiente para quitar uma dívida trabalhista com uma ex-funcionária da empresa.
Em outro caso, Miranda teve que entregar seus passaportes em meio a um processo de 2011 feito por uma mulher que diz ter realizado uma depilação em seu estabelecimento e saído com queimaduras no corpo, por esse motivo ele também foi condenado a pagar indenização por danos morais e materiais à vítima. O deputado também foi acusado por cliente de, na época, colocar pessoas sem qualificação específica para manusear os equipamentos.
Um áudio gravado por Luis Miranda em 2013 durante uma reunião com funcionários revela que o deputado conhece estratégias para conseguir não ser intimado pela Justiça. "Seria ludibriar, fraudar o sistema jurídico, pra gente ganhar fôlego pra poder criar metodologias pra ganhar dinheiro", diz na gravação.
Em 2019, Miranda que já era alvo de diversos processos judiciais e acusado de golpes milionários no Brasil e nos Estados Unidos, também foi acusado por realizar ameaças de morte ao empresário Sandro Silveira.
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