Acusado de ter cobrado propina de Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da empresa Davati Medical Supply, para firmar um acordo para fornecimento da vacina da AstraZeneca, o agora ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, havia ingressado no governo em janeiro de 2019, na gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.
Apesar de a reportagem do jornal Folha de São Paulo ter afirmado que o atual líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), teria sido o responsável por indicar Ferreira Dias ao governo, Barros negou, em rede social, a alegação e afirmou que sequer era alinhado ao governo quando o ex-gestor foi escolhido.
– "Em relação à matéria da Folha, reitero que Roberto Ferreira Dias teve sua nomeação no Ministério da Saúde no início da atual gestão presidencial, em 2019, quando [eu] não estava alinhado ao governo. Assim, repito: [ele] não é minha indicação. Desconheço totalmente a denúncia da Davati" – afirmou Barros.
Em outubro de 2020, o nome de Ferreira Dias já tinha sido envolvido em outra questão controversa, quando o presidente Jair Bolsonaro pediu ao Senado que fosse retirada a tramitação da indicação dele para um cargo de diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Na época, o ex-gestor ocuparia uma vaga que seria aberta em dezembro, com o término do mandato de Alessandra Bastos Soares. Porém, após a divulgação de informações de que ele havia assinado um contrato de R$ 133,2 milhões do Ministério da Saúde que estava sob suspeita de irregularidade, o presidente desistiu do nome de Ferreira Dias.
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