Boa parte da imprensa se tornou torcedora e luta para derrubar o governo.
O desejo de destruir o inimigo é maior do que a vontade de construir pontes
Os liberais e conservadores sempre compreenderam esse tipo de estratégia usada pela mídia como viés esquerdista. Curiosamente, a mesma tática vem sendo usada no caso da pandemia, sob o silêncio conivente de uma "direita" que passou a odiar o governo Bolsonaro mais do que amar a verdade. As manchetes colocam o Brasil em destaque nos casos de morte por covid-19, sempre destacando números absolutos!
Esta semana vimos: Brasil já passa Alemanha e França em quantidade de óbitos. Mas a Alemanha tem 83 milhões de habitantes e a França tem 67 milhões, enquanto o Brasil tem 210 milhões. Qual o sentido de usar dados absolutos, portanto? Países mais populosos do mundo: China, Índia, Estados Unidos, Indonésia, Paquistão, Nigéria e Brasil. Alguma surpresa de sermos o sexto em mortes de covid-19? E vale notar que os dados oficiais da China, sob uma ditadura, não são nada confiáveis.
O que muitos já perceberam é que boa parte da imprensa se tornou torcedora e luta para derrubar o governo. Enxerga na pandemia uma oportunidade para pintar o presidente como alguém insano e precisa, então, destacar o pior da crise. Há muitos motivos legítimos para criticar Bolsonaro, mas esse tipo de artimanha chama a atenção e acaba criando resistência: mesmo críticos do presidente ficam na defensiva por considerarem injusto o tratamento da mídia.
Um site conhecido chega ao ápice de dedicar várias manchetes sensacionalistas por dia contra o governo. Tudo é "bomba", a "pá de cal", o "fim próximo" do presidente. O tiro sai pela culatra. A cada disparo fora do alvo, o presidente se fortalece. E parte da imprensa perde credibilidade.
Rodrigo Constantino - Escritor e colunista
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