Temos um ditador …
E ele não está no Palácio do Planalto ocupando o cargo de presidente da República, como muitos poderiam imaginar, principalmente a esquerda escandalosa, que grita e profere ataques sem fim contra Jair Bolsonaro, desde o início da campanha eleitoral, em 2018.
Não, aquele que não se cansa de desrespeitar a Constituição, cuspindo ordens e desordens com a caneta nas mãos e a cruz da inquisição em outra, usa toga e ocupa um dos mais altos cargos da justiça brasileira
Alexandre de Moraes, o ministro do Supremo Tribunal Federal.
Até outro dia, o outrora advogado de clientes duvidosos, galgado ao STF por um deles, o ex-presidente tampão da petista Dilma Rousseff, Michel Temer, resolveu mostrar a que veio, ainda que por via de mão única e esburacada.
A ação determinada por Moraes na última quarta-feira, 27, para a realização de busca e apreensão contra sites, canais de youtube, blogues e páginas de mídias sociais, sob o pretexto de investigar os que produzem fake news contra o STF é o mais alto atentado à liberdade de expressão, como afirmou o próprio ministro da justiça e segurança pública, André Mendonça.
Da mesma forma, Augusto Aras, Procurador-Geral da República, reagiu aos mandados e pediu a suspensão do inquérito, considerando-o ilegítimo, assim como já havia alertado sua antecessora na PGR, Raquel Dodge.
Vimos os investigados sofrendo uma verdadeira caça às bruxas, com armas na cara, quebras ilegais de sigilo, truculência e abuso de autoridade.
Empresários e jornalistas sendo esculachados sem qualquer direito e até mesmo acesso aos autos.
Um ministro do Supremo autoritário, proferindo decisões monocráticas por se sentir ofendido pelas notícias as quais chama de falsas e provenientes do tal “gabinete do ódio”.
Gabinete este que existe apenas na cabeça dos esquerdistas radicais e dos que lutam diariamente para destruir o governo Bolsonaro e, por consequência, o país.
Pois há sim um gabinete.
O “Gabinete da Verdade”, formado por pessoas que lutam ao lado do presidente, pelo povo, e que apenas emitem a opinião contra os que lesam, diariamente, nossa pátria.
Gente inteligente que analisa fatos e mostra o que a grande mídia esconde e que, portanto, não pode ser chamada de divulgadores de fake news.
Temos sim, um ditador, que com o berro e a carteirada, quebrou as mais rígidas regras da aviação civil, garantindo o acesso de sua esposa, sem a devida documentação, em um voo de carreira.
Um homem que desrespeita o altíssimo cargo que ocupa e, sim, a verdadeira liturgia da boa relação entre as instituições, ao intervir na nomeação de um superintendente da Polícia Federal, sem qualquer prova material e com base apenas em ilações de um delirante ex-ministro que se sentiu ofendido no ato de abandono da cadeira que ocupava.
Temos um ministro do Supremo que ordenou a prisão e confisco de armas contra os que “ousaram contestá-lo”, ao pedir sua renúncia ou demissão, por causa de seus desmandos.
Temos um representante da mais alta corte do país que inclusive já mandou impedir a publicação de reportagens em revistas e sites, por não admitir a crítica à casa que ocupa, mas da qual não é proprietário, ainda que assim se julgue.
Temos a nova censura institucionalizada …
Mas não a censura de um ditador que ocupa a cadeira do executivo, como muitos insistem em enxergar … e sim a censura da toga praticada por um único indivíduo, diante do silêncio dos demais colegas.
Dez silenciosos colegas, curiosamente, assistindo calados!
Estariam atônitos e sem ação diante do caos ou seria caso pensado?
Na antiguidade, antes de cada batalha, era costume enviar um mensageiro antes da tropa para negociar a paz ou a guerra.
Na maioria das vezes, apenas a cabeça do interlocutor, normalmente um soldado raso ou o novato da tropa, voltava em um saco.
Assim, os comandantes e generais tomavam suas decisões sobre os próximos passos.
Estaria este soldado raso sendo inocentemente usado como ponta de lança?
Mario Abrahão - Jornalista
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