terça-feira, 12 de maio de 2020

Buffet pode ser "ninho" de Covid-19 ✰ Artigo de Sérgio Alves de Oliveira

Parece que mesmo a avalanche de informações diárias e estudos científicos divulgados em todo o mundo sobre o novo coranavírus não conseguem esgotar essa discussão, que a todos “apavora”, e sobre a qual a cada dia surgem novidades, como descobertas de novos indícios ou sintomas dessa doença infernal, novos focos “contaminantes”, e possíveis vacinas e remédios.
O pouco que se sabe com certeza é que qualquer objeto ou parte do corpo humano, principalmente mãos, que tiver contato com o “bicho”, vai ser um abrigo, durante certo tempo, para “acomodar” esse maldito vírus, um “portador”, que pode contaminar as pessoas principalmente mediante contato com as portas de entrada da boca, nariz ou olhos, evidentemente não podendo se excluir outras “portas” do corpo humano, como através de relações sexuais, que também pode ser um dos “focos”.
Não sou médico, nem profissional ligado à área da saúde. Mas como qualquer outro “burro” no assunto, me permito o direito de “observar” tudo o que se passa à nossa volta, e que envolva outros eventuais riscos relacionados a essa doença.
Em homenagem à minha mulher, mãe dos meus filhos, já que estávamos sozinhos, no dia das mães, domingo,10 de maio, fomos almoçar numa restaurante muito bom e prestigiado, no Litoral Norte do RS, que usa o sistema tradicional do “buffet”, mais “grelhados”.
E essa questão dos “buffets” em restaurantes já andava me preocupando bastante, em relação a essa “praga” vinda lá da China do “Xi Jinping”. Como cheguei tarde ao restaurante, depois das quatorze horas, só restavam ali umas 20 ou 30 pessoas.
É claro que tanto eu, quanto a minha homenageada, chegamos à mesa do “buffet” devidamente “mascarados”.
Após “servidos”, chegamos à nossa mesa e iniciamos a “rotina” gastronômica. Como tinha pouca gente, pelo adiantado da hora, tive chance de observar as pessoas que iam se servir no “buffet”. “Quase” todas chegavam ali devidamente mascaradas, exceto alguns poucos que começaram a se servir sem essa cautela, não usando a máscara.
Ora, não é preciso ter aparelhos sofisticados para perceber logo que durante a fala ou, principalmente, durante a “tosse”, ou um “espirro”, especialmente com o sol em posição mais “favorável”, as pessoas geralmente expelem uma “nuvem” densa de gotículas salivares, sem que elas mesmas percebam, somente visível aos “outros”.
Nos caso dos “buffets”,e sobre ele, uma só “tossida”, “espirro”, ou “fala”, sem máscara, de uma pessoa  contaminada pelo Covid-19,mesmo sem saber, sem dúvida pode ser capaz de expelir  centenas de gotículas de saliva  “contaminada” sobre a comida. E ao que consta, uma só gotícula de saliva “envenenada” seria o suficiente para contaminar uma pessoa. Mas não é uma só, são “centenas” de gotículas, de uma só pessoa, ou ”milhares” de gotículas, quando de várias pessoas, que podem acabar contaminando um “exército” de gente.
Mas o problema não parece menos preocupante em relação às cozinhas dos restaurantes, onde dificilmente a própria administração da casa, muito menos os clientes, conseguirão saber se algum(a) cozinheiro(a) está com o “danado”.
Apesar de acompanhar mais ou menos de perto esse assunto, não tive oportunidade de me deparar com esse tipo de discussão nos órgãos da mídia. Com a palavra os “experts” !!!
Os “sabichões” do novo coronavírus, de todas as partes do mundo, parece que não são tão “sabichões” assim, mesmo porque, a cada dia, surgem “surpresas” e “novidades”, sobre a doença, inclusive  para eles próprios. Se a “sabedoria” dessa gente fosse tão grande, certamente o mundo não teria chegado a essa dramática situação que está matando centenas de milhares de pessoas, e que tem precedentes no passado, como a “peste negra” (ou bubônica”), que liquidou a vida de 1/3 da população da Europa, no Século XIV.
Ora, se os “sábios” não estão dando conta do “recado” à altura do necessário, talvez fosse a hora dos “burros” também terem alguma oportunidade de dar a sua contribuição, desde que “também” saibam observar e pensar.
Na verdade, os remédios em estudo poderão até curar a doença, mas o Covid-19 só poderá ser evitado com vacinas, que ainda não estão disponíveis, ou métodos preventivos contra a contaminação, que só poderão surgir, não dos laboratórios, porém da “inteligência”, não necessariamente dos cientistas e das autoridades em saúde pública.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

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