Peço licença, aqui, para compartilhar um devaneio. O que vou dizer, a seguir, é mera especulação. Produto de uma mente vazia, nestes tempos de quarentena (preciso voltar a trabalhar). Com toda essa bagunça, dos últimos dias, voltei a pensar na história da facada.
É lógico que Adélio não é um "lobo solitário" e entendo o porquê de a defesa de Bolsonaro não ter entrado com recurso, questionando a avaliação do autor como "doente mental".
Se considerado são, seria julgado por homicídio tentado e, provavelmente, estaria na rua em menos de 2 anos. Como "louco", é encaminhado para uma "unidade de saúde" e lá apodrece; igual ao Champinha e ao Maníaco do Parque, que se não estivessem "internados", já estariam soltos.
A pergunta que não quer calar é: QUEM MANDOU MATAR BOLSONARO? E essa resposta pode ser muito menos óbvia do que parece.
Imediatamente, todos imaginamos e tomamos como verdade que a ordem partiu da esquerda. Bolsonaro era o único candidato com chances reais de vencer o PT e o esfaqueador é um ex filiado ao PSOL. Conclusão inevitável. Mas será?
Quanto a esquerda se beneficiaria, com a morte do então candidato? Se o atentado tivesse sucesso, toda a narrativa seria diferente. Não conseguiriam, principalmente, criar a hipótese de a facada ser um "fake", como foi divulgado entre os grupos mais radicais.
Tendo o cadáver do adversário nas mãos, perderiam os votos dos eleitores mais ponderados e JAMAIS conseguiriam converter, para eles, os votos Bolsonaristas.
Com o principal líder preso e o principal adversário assassinado, seria o fim definitivo da esquerda. Restar-lhes-ia apenas a militância dos universitários mais exaltados e dos artistas globais do "mais amor, por favor".
Nenhuma pessoa com bom senso, por mais ideologicamente alinhada que seja, continuaria defendendo uma vertente que, inquestionavelmente, ultrapassou qualquer limite para se manter no poder.
CUI BONO? Quem, então, seria o real beneficiado? Qual candidato teria capital político para captar os votos de Bolsonaro? Para onde migrariam os eleitores da direita? Não seria para o vice. A chapa sequer tinha um marketeiro profissional e Mourão, com o carisma de um cateter, sorridente para os jornalistas da Globo, não manteria o eleitorado.
Depois de um ano e meio de governo, com um réu preso e o "Super Juiz da Lava-Jato" como Ministro da Justiça, que nomeou um amigo pessoal, de extrema confiança, para a Direção da Policia Federal, ainda não temos nenhuma resposta.
Só nos resta acreditar, então, que o(s) mandante(s) não manda(m) só em Adélio, mas em muitos poderosos da República das Bananas.
Quem tem essa força? Quem tem o poder de, inclusive, proibir investigações quanto à origem dos honorários advocatícios? A esquerda? A mesma esquerda que teve seu principal líder preso por um ano e meio; que viu praticamente todos os seus grandes nomes sendo investigados e condenados? Se ela ainda tem tanto poder, não conseguiria evitar essas prisões?
Talvez seja só um reflexo da quarentena, que está "assando meus miolos" e me fazendo enxergar chifre na cabeça de cavalo. Talvez não.
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