Têm
razão, nesse ponto, Suas Excelências, os Senhores Presidente Jair Bolsonaro, e
o Ministro das Relações Exteriores, o
Diplomata Jorge Araújo, no que
pertine às restrições que essas autoridades estariam opondo ao “assédio”
chinês, político, econômico e tecnológico, sobre o Brasil, onde brevemente os
“chinas” pretendem instalar uma “extensão” da sua residência, evidentemente com
“animus domini”, como já fizeram em outras partes do mundo, especialmente nos
países mais carentes do continente africano.
No
eventual sucesso desse assédio chinês ao Brasil, tão desejado e aplaudido pelas
esquerdas “tupiniquins”, e também por algumas autoridades públicas “importantes”,
como o Vice-Presidente, General Hamilton Mourão (que nada lembra os generais
“nacionalistas” de 64), e o governador paulista, João Dória, valeria a pena um
pouco de exercício da imaginação.
O
dia em que esses “sem noção” caíssem nas garras dos chineses, lamentavelmente
levando consigo os demais de “arrasto”, seus destinos já poderiam ser
antecipados com uma simples passagem de olhos pelas conclusões do “19º Congresso do Partido
Comunista da China”, realizado em Pequim, de 18 a 24 de outubro de 2017, onde
aprovaram formalmente a DITADURA de XI Jinping, ditador da China desde 2013, expressa no documento “Pensamento de Xi
Jinping sobre o Socialismo com Características Chinesas para uma Nova Era”.
Nesse
Congresso, XI Jinping “encostou”, em matéria de poderes, com Mao Tsé-Tung, o grande
líder da Revolução Chinesa, fundador da República Popular da China, o ditador
que governou esse país de 1949 a 1959, responsável pelo “Holodomor” chinês (espécie
de “holocausto” dissimulado), projeto chamado “O Grande Salto Adiante”, responsável
pela morte, por fome, de cerca de 45 milhões de chineses, incluindo
canibalismo, entre 1958 e 1962, projeto esse hoje rebatizado, com mais
propriedade, como “A Grande Fome de Mao”.
Também
pouco se fala no Ocidente, por razões óbvias, inclusive pelo silêncio comprado
na grande mídia, do chamado “Massacre da Praça Celestial”, ocasião em que milhares
de chineses, a maioria jovens estudantes, foram brutalmente assassinados, a
tiros, e atropelados por tanques de guerra, pelo “crime” de reclamarem mais
abertura política, liberdade, e menos corrupção.
Mas
a ditadura de Xi Jinping sobre a China é algo inédito no mundo. ”Singular”. Por
força do 19ª Congresso do PCC, que aprovou “Os 14 Princípios políticos do
pensamento de Xi Jinping”, o Presidente Chinês estabelece uma ferrenha ditadura
no país usando o Partido Comunista da China como mera “ferramenta”, ”instrumento”
seu. O partido é o ditador da China. E Xi Jinping, o ditador do partido. Realmente
o “cara” tem rara esperteza, dominando um povo que não tem a mínima ideia do
que possa ser uma democracia.
Essa
“ditadura indireta” de Xi Jinping sobre a China, nem mesmo chegou a ser
imaginada por Aristóteles quando, em “Política”, classificara as formas de
governo em (1) PURAS (monarquia, aristocracia e democracia), e (2)
IMPURAS (tirania (ou ditadura), oligarquia e demagogia (oclocracia para
Políbio).
A
China tem uma “democracia” deveras esquisita. O PCC é o partido hegemônico. Mas
o artigo 5º da Constituição chinesa de 1982, reconhece os demais 8
“partidecos”, existentes desde antes da Revolução de 1949, mas que jamais
elegeram ninguém para os níveis políticos superiores. No “tal” documento de Xi
(item 11), só o PCC tem autoridade sobre o Exército Popular. Os “outros” nem
são citados.
Mas
o mais preocupante para os brasileiros está contemplado no inciso 13 desse
documento: “Promover a construção de uma sociedade de futuro compartilhado com
toda a humanidade”.
A
busca chinesa pela liderança mundial fica muito clara na disposição de Xi
Jinping da China se tornar um modelo socialista com “uma nova opção para outros
países e nações que queiram acelerar o seu desenvolvimento...”. E que “a China
entrou em uma NOVA ERA em que deveria ocupar os holofotes do mundo”.
Ninguém
mais que os “esquerdopatas” brasileiros reclamam por “mais democracia”, e pelo
direito ilimitado de “ir e vir. Mal sabem eles, porém, que muito diferente do
que se passa no Brasil, lugar onde a “libertinagem” prevalece sobre a
liberdade, onde todos podem fazer tudo que não está expressamente proibido nas
leis, na China é exatamente o contrário, e ali todas as “liberdades”, e não as
“restrições”, deverão estar previstas nas leis.
Eu
gostaria de ser um passarinho “espião” para ver bem de longe os “progressistas”
brasileiros eventualmente num futuro próximo serem submetidos ao regime de
“crédito social” dos chineses, onde todas as pessoas são permanentemente
monitoradas pelos órgãos de segurança do Estado, com pontuações nos seus
respectivos cadastros por atos de “dignidade”, ou “indignidade”, conforme o
caso, com premiações no primeiro caso, e retaliações, ou castigos “sociais”, no
segundo. As “armas” para esse controle absoluto sobre a sociedade os chineses
já fabricaram, inclusive são os campeões do mundo. Nelas, se enquadram o
“reconhecimento facial” eletrônico, e as facilidades oferecidas pelos modernos
celulares “5G” da HUAWEI e da XIAOMI que, juntas, em 2018, já fabricaram mais
de metade de todos os celulares do mundo.
Com
certeza os nossos “esquedopatas” implorariam, ajoelhados, pela reinstalação da
chamada “ditadura militar” de 1964, achando até que “aqueles militares eram bem
bonzinhos”.
(OBSERVAÇÃO:
Fui inspirado a escrever esse texto a partir do artigo “Mundo: Laboratório para
o macabro experimento socialista chinês”, do Professor de Filosofia, Carlos
Adriano Ferraz, a quem agradeço pelos subsídios).
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
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