terça-feira, 13 de outubro de 2020

Advertência à Carol Solberg não é perseguição

Nesta terça-feira (13), a deputada federal Carla Zambelli usou as redes sociais para comentar a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Voleibol (STJD), que determinou uma advertência para Carol Solberg após a atleta gritar “Fora, Bolsonaro” ao vivo na TV.
Segundo a parlamentar, não existe uma perseguição contra a atleta.
– A advertência à Carol Solberg não é ‘perseguição’ coisíssima alguma. Longe do campo, ela tem o direito de protestar contra quem quiser, mas o esporte exige disciplina dentro dele. Do contrário, coitados dos espectadores. Aliás, o procurador que a denunciou também é de esquerda – escreveu Zambelli, no Twitter.
O julgamento do STJD condenou Carol, por três votos a dois, por violar o artigo 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata sobre descumprir regulamento. A multa foi convertida em advertência.
Apesar da sentença mais branda, visto que a jogadora poderia ser suspensa por até seis jogos e pagar multa de até R$ 100 mil , Carol foi alertada de que não poderia voltar a se manifestar politicamente dentro das quadras.
A jogadora poderá seguir na segunda etapa do Circuito Brasileiro, que começa já nesta quinta-feira (15), em Saquarema. Foi neste mesmo local que a atleta se posicionou contra o presidente, no dia 20 de setembro.
O presidente do tribunal, Otacílio Soares Soares de Araújo, entendeu que Carol “se expressou no momento errado e agora tem de assumir as consequências”. Ele também apontou que a atitude da atleta “não pode fazer bem ao esporte” e que “se amanhã outro atleta falar contra ou a favor disso ou daquilo, não é justo. Ela está lá para falar do que ocorreu dentro de quadra e não sobre a política brasileira, ou mundial”.
Otacílio também fez um alerta.
"Foi um puxão de orelha, uma advertência. Se ela repetir, pode ser punida de uma forma pior" – avisou.
Ana Luiza Menezes

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