O presidente e os governadores não devem perder a última chance de unir-se no combate à pandemia
Nesta quinta-feira, o presidente da República e 27 governadores farão o que deveriam estar fazendo desde fevereiro. Num encontro virtual, buscarão algumas fórmulas que lhes permitam combater unidos a pandemia de coronavírus. Até agora, tem prevalecido a polarização estrábica. Aos olhos dos radicais, quem defende o isolamento social é inimigo do governo e quem teme a falência da economia é um bolsonarista insensível a tragédias. Bobagem.
Se prevalecesse a sensatez, o Brasil já estaria percorrendo o caminho do meio. Ele funde opções que nada tem de excludentes. Até as tribos isoladas da Amazônia sabem que é possível conciliar a batalha sanitária com a luta contra o Holocausto da economia.
Se tiverem juízo, os participantes da reunião desta quinta-feira entenderão que as crises ficarão menos apavorantes se forem combatidas em harmonia pelos governos federal, estaduais e municipais. Nos países que têm combatido com mais eficácia a pandemia, o Ministério da Saúde cuida da coordenação nacional da guerra, enquanto administradores regionais combatem no front.
Governadores conhecem seus Estados melhor que qualquer autoridade federal. E prefeitos conhecem seus municípios melhor que qualquer governador. O Brasil deve mirar-se no exemplo dos países civilizados. E resistir ao sinistro chamado do primitivismo.
Augusto Nunes - Jornalista
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