sábado, 2 de maio de 2020

Covid-19: Faltam coveiros? Ou inteligência? ✰ Artigo de Sérgio Alves de Oliveira

Emergencialmente, em virtude de não haverem disponíveis no mundo remédios específicos para a cura, o combate, e nem mesmo vacina preventiva contra o novo corona vírus, a “peste chinesa”, autoridades sanitárias e da saúde em todo o mundo têm” improvisado” receitar o uso da Hidroxicloroquina, Cloroquina, ou Remdesivir, remédios baratos utilizados como antivirais no combate a outras doenças, mas que têm dado alguns resultados satisfatórios contra o Covid-19.
Mas particularmente no Brasil parece que o desastre e a incompetência das autoridades responsáveis pela administração dessa crise têm sido o maior responsável pelo acúmulo de cadáveres, não só nos cemitérios, mas antes na porta de entrada, nos corredores, e nas UTIs dos hospitais, bem como nos necrotérios, que não mais estão dando conta de guardar tantos corpos. Os cemitérios nem mais conseguem sepultar com a rapidez recomendável a grande quantidade dos corpos que chegam às suas portas. As pás cederam lugar às máquinas para cavar túmulos.
Mas o problema maior reside na “burrice” das autoridades responsáveis pela administração dessa questão. A burocracia infernal para que se comece o uso dos únicos remédios disponíveis, antes citados, certamente será a responsável pelo maior número de mortes.
Quando o sujeito consegue finalmente vencer todas as etapas da infernal burocracia para começar a tomar o remédio, a última das quais a de conseguir o “milagre” de uma vaga no hospital, ou diretamente na sua UTI, com aparelhos “respiradores” e tudo o mais, o “cara” certamente já estará com um pé “na cova”, onde poderá chegará rapidinho para ser enterrado numa vala comum.
Porém, o que mais vai matar gente nesses “trâmites” será a extrema demora em obter autorização para começar a usar os remédios mais apropriados. A primeira dificuldade será conseguir uma consulta com algum profissional que possa avaliar o paciente e encaminhá-lo a um hospital, se for o caso. Mas para isso, mesmo que o sujeito possa pagar uma consulta, ou algum plano de saúde, essa consulta terá de ser agendada, e dificilmente ocorrerá de “uma hora para outra”. Após isso vem a “maratona” de obter vaga em algum hospital, quase todos com lotação máxima. E ao que parece esses remédios só poderiam ser usados a partir dos hospitais. E isso é “sinistro”. A luta “mortal”, portanto, será mais contra o “tempo”. É o tempo quem mais mata.
O próximo passo dessa “via crucis” do paciente vai ser a coleta de material para avaliação em laboratório habilitado ao exame de covid-19, o que geralmente demora alguns dias. E o paciente deverá dar “graças a deus” se não tiver morrido antes da chegada do exame de laboratório.
Finalmente, quando o resultado chega, é que os remédios apropriados começarão a ser ministrados. Mas em face da demora de toda essa burocracia infernal, com quase certeza o paciente já estará dentro, ou quase dentro, de uma UTI, ou já dentro, ou bem “pertinho”, de um cemitério. E tudo isso por causa da “burrice” burocrática que matou o paciente.
Urge, portanto, que se apresse na utilização dos remédios mais apropriados, logo no início da doença, ou aparecimento dos primeiros “sintomas”, que já foram detectados, e que se resumem em “tosse seca”, ”cansaço”, ”febre”, ”tremores/calafrios”, ”dor muscular”, ”dor de cabeça”, ”dor de garganta” e “perda do olfato/paladar”.
E que se desburocratize ao máximo a possibilidade de aquisição e uso dos remédios, como se fosse uma “aspirina”, por exemplo, a não ser, evidentemente, que possa haver efeitos colaterais graves na administração desses remédios - o que parece não ser o caso - sem os requisitos “formais” ainda exigidos (receitas médicas, hospitais, exames laboratoriais positivos de Covid-19, etc).
Mas que para não se “invadam” os “direitos”, ”prerrogativas”, e privilégios corporativos das casas e profissionais da saúde habilitados, tradicionalmente, é evidente que essa “simplificação” dos trâmites burocráticos para adquirir e usar remédios, poderia ser provisória, enquanto perdurasse essa demoníaca pandemia.
Portanto, o que queremos deixar bem claro, a tudo resumindo, é que os maiores “assassinos” dos que morreram, morrem, e ainda morrerão, em decorrência do Covid-19, são exatamente a “dupla bu-bu”, ou seja a “(bu)rrice”, combinada com a “(bu)rocracia”.
Trocando tudo em miúdos: MUITO MELHOR SERÁ TOMAR O REMÉDIO SEM PRECISAR DO QUE PRECISAR E NÃO TOMAR A TEMPO.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

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