O governo João Doria fez um pagamento antecipado de US$ 44 milhões (em torno de R$ 242 milhões) para obter 3.000 mil respiradores pulmonares chineses. A entrega, informou reportagem da Folha de S. Paulo de ontem, 25, deveria ter sido realizada em abril.
O valor total das 3.000 unidades são de US$ 100 milhões (aproximadamente R$ 550 milhões). O governo contratou a empresa Hichens Harrison & Co., em 23 de abril, para intermediar a compra.
A empresa garantiu que o primeiro lote de 500 respiradores chegariam na semana seguinte, e o restante estaria nos hospitais até meados de junho.
Como o primeiro lote não chegou conforme prometido, a gestão Doria passou a cobrar a Hichens Harrison & Co.. A empresa disse não saber em qual parte do mundo estavam os equipamentos, conforme documentos obtidos pela Folha:
“Não sabemos se a carga saiu da alfândega chinesa, muito menos se foi desembarcada em Nova York conforme previa o plano original de voo”, disse o presidente da empresa, Peter Leite, no dia 8 de maio.
A primeiro compra de equipamentos feita pelo governo Doria custou US$ 40 mil (R$ 220 mil), o que acionou o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado por ser um valor muito acima da média praticado no mercado e pela falta de garantias contratuais.
Segundo a matéria da Folha, o governo paulista alegou que o sobrepreço dos equipamentos eram justificados pela rapidez na entrega do produto.
Com o atraso, o governo repactuou a compra para pagar somente os US$ 44 milhões para adquirir 1.280 respiradores que serão entregues até o inicio de junho.
Em nota à Folha, a Secretária de Estado de Saúde declarou que adquiriu os 1.280 respiradores e as entregas já começaram a acontecer: “os primeiros equipamentos começaram a ser distribuídos por hospitais da capital do estado”.
Até o momento, segundo a matéria, foram entregues apenas 50 unidades.
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