Todo esquerdista acredita que o conjunto ficcional do marxismo, tais como a teoria do valor do trabalho e o determinismo histórico, é absolutamente sagrado.
Ou seja, é para ser aceito e respeitado, e não questionado e refutado. "É a sacralização dos textos de Marx e a transformação de seu conteúdo em dogma revelado", para usar a elegante definição de Roger Scruton.
Claro que o esquerdista comum - aquele do pão com mortadela e do "Ele Não" - não saberia explicar e muito menos defender a teoria do valor do trabalho e o determinismo marxista oriundo de uma interpretação bem estranha da dialética hegeliana.
Na verdade, nem os próprios teóricos esquerdistas conseguem defender esses lixos conceituais disfarçados de teoria científica. Quando tentam defender, sempre descambam para os campos do absurdo e da desonestidade intelectual, porque não há defesa sadia e racional das coisas indefensáveis.
Mas reparem em algo muito importante: o esquerdista não precisa saber nada e nem ter coerência, basta ele SENTIR que está no "caminho certo".
Esse "sentir" do esquerdista nada mais é do que a expressão emocional de uma doença mental que leva o adoecido a se julgar conhecedor dos melhores destinos para a humanidade. E todos esses destinos maravilhosos, acredita o doente, passa, necessariamente, pelo marxismo e suas variações.
Quando um esquerdista ouve palavras como "patrão", "lucro", "propriedade privada", "empregado" e "mérito", ele não entende como meras representações da realidade social e econômica. Ele as "sente" como sinais variados de um mesmo e Grande Mal a ser combatido. É como um cão ativado por apitos silenciosos aos ouvidos humanos.
Para o esquerdista, esse Grande Mal é, evidentemente, o capitalismo e seus principais defensores (os conservadores). Então, o esquerdista "sente" que tudo é válido para vencer esse grande mal, desde o Holodomor de Stálin até a destruição da economia por meio do cárcere privado sob o pretexto de um vírus de baixa letalidade.
Noutras palavras, o esquerdista é um selvagem que luta pelo fim da civilização que o acolhe e o protege, tornando-se um criminoso simplesmente porque "sente" que deve ser assim.
Essa doença mental é fruto de décadas de uma doutrinação marxista diluída, a qual passa por aprendizado e processo educacional. Esse é o motivo pelo qual é absolutamente impossível ter uma conversa racional e lógica com um esquerdista: ele tem uma vida intelectual baseada em gatilhos emocionais que despertam sensações desagradáveis que ele não consegue controlar.
Essas sensações desagradáveis são os sinais emocionais da doutrinação sofrida, mas o esquerdista as toma como "manifestações de um pensamento crítico", para usar uma expressão cara aos malandros da Escola de Frankfurt.
Marco Frenette - Jornalista, escritor, conservador, cristão e anticomunista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário