sábado, 2 de maio de 2020

Que fim levaram os sem-teto de Boulos? ✰ Artigo de Augusto Nunes

O líder do MTST pode acabar inventando a quarentena ao relento. 

A cada invasão promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos tentava justificar outro estupro do direito de propriedade com a mesma discurseira fantasiosa. Enquanto milhões de brasileiros não têm moradia, berrava, o patrimônio da burguesia e da elite inclui incontáveis casas vazias, a serviço da especulação imobiliária.
Depois da posse do presidente Jair Bolsonaro, as invasões subitamente cessaram. Para isso contribuíram a extinção das mesadas federais, o fim da impunidade institucionalizada na Era PT e a mudança das prioridades do chefe. Boulos passou a dedicar-se em tempo integral à política partidária. Mas que fim levaram as multidões sem-teto?
Se continuam sem uma casa para chamar de sua, como poderão cumprir as regras do isolamento social? Boulos é defensor da quarentena para todos. Que providências tomou o líder para ajudar os liderados? Ao menos abrigou algum no amplo sobrado que habita?
Já que não existe quarentena ao relento, o volume de invasões de terrenos urbanos deveria ter crescido exponencialmente, certo? Como não se registrou um único pontapé desse gênero na Constituição, das duas, uma: ou os milhões de sem-teto só existiram na fértil imaginação de Guilherme Boulos ou todos já têm casa própria.
Augusto Nunes - Jornalista

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