A prefeita de Praia Grande, no litoral de São Paulo, Raquel Chini (PSDB), recentemente eleita, saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro; evitando levantar críticas sobre o fato de ele descer do barco em que estava e saudar, mais de perto, uma multidão de apoiadores que estava na praia paulista.
“A gente tem outras aglomerações que ninguém comenta. Se você entrar nesses bailes que tem em várias cidades, bailes funks, que não parou nunca, eles continuam, ninguém quer enfrentar isso. Aglomerações imensas, literalmente. Pessoas bebendo, dançando em ambientes fechados, galpão”, disparou Chini, que é do mesmo partido que o governador de São Paulo João Doria.
E continuou:
“A gente está numa praia, né? Não sou cientista. Não sou médica para avaliar como se contamina na água salgada, se contamina, o que acontece se tem muita ou pouca gente. Acredito que, se tiver contato com uma pessoa que esteja contaminada, eu estou correndo risco, independente de estar com 10, 15, 20 ou 100 (pessoas). Uma pessoa basta para a gente já ter contato, se o contato for próximo”, justificou, acrescentando que não viu as imagens do presidente com a população.
Para a prefeita, pessoas que trabalharam na cidade ou que frequentaram a praia em outros momentos também correram o risco de contaminação pelo coronavírus e, no entanto, não são incomodadas.
“Acaba levando pela figura do presidente da República. Acredito que tenha famílias e famílias que se aglomeraram por algum momento na praia, porque as praias não ficaram fechadas durante o dia. Pessoal trabalhou, foi para a praia. A gente trabalhou com orientação para que não aglomerasse, usasse máscara, percorrendo esses 22 km (de praias). Mas, é muito difícil esse controle, pois o efetivo que temos é o do dia-a-dia e o do dia-a-dia sazonal”, argumentou.
Raquel acredita que o debate em torno da aglomeração é, simplesmente, pela figura de Bolsonaro.
“Sempre que o presidente vem aqui, ele vai ser um alvo. Ainda mais nessa polêmica sobre Covid entre ele e o governador. Sempre vai ser alvo de questionamentos, críticas. O lado que apoia vai falar bem, vai jogar em outro sentido. Complicado!”, garantiu.
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