Apesar da vacinação contra o coronavírus (Covid-19) já ter começado em grande parte do mundo, autoridades de saúde estimam que deve demorar muito para que toda a população mundial seja imunizada. Por isso, pesquisadores chineses continuam investindo no desenvolvimento de novos métodos de identificação de infectados.
Nesta semana, autoridades de Pequim confirmam que estão experimentando um novo tipo de teste de coronavírus na população local. No entanto, ao invés de usar amostras nasais, o método faz a coleta usando cotonetes anais.
Em entrevista ao Global Times, Li Tongzeng, diretor do Beijing Hospital, confirmou que a nova modalidade é mais precisa que os testes efetuados com coletas nasais ou amostras de sangue: "o coronavírus sobrevive mais tempo no ânus ou em excrementos do que em amostras retiradas da parte superior do corpo".
Os pesquisadores também aproveitaram a quarentena obrigatória em Pequim para ampliar os testes com o novo método:
O teste em massa [com o novo método] foi conduzido depois que a capital chinesa entrou em quarentena parcial em Daxing e Shunyi. Isso aconteceu após o sequenciamento genético revelar dois casos da variante mais transmissível do coronavírus descoberta no mês passado no Reino Unido. Desde então, a capital está em alerta máximo. Mais de 1.200 pessoas foram testadas em uma escola frequentada por um aluno com um caso assintomático da cepa britânica.
Por enquanto, não há relatos de outros países usando o método anal para identificar infectados pelo novo coronavírus. Mesmo assim, a mídia australiana afirma que existem diversos relatos de pessoas que moram fora de Pequim que passaram pelo novo teste "invasivo".
Um morador da cidade de Guangzhou relatou que fez o teste anal e nasal. Já uma usuária da rede social Weibo disse que se sentiu envergonhada, mas que também passou pelo novo método.
Comentando o assunto, o Dr. Sanjaya Senanayake disse à ABC News: "Ainda não tenho certeza do que eles estão tentando alcançar aqui com todos esses cotonetes anais".
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