Com a saída do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), se aproximando, a lista dos cotados para assumir um posto na Suprema Corte do Judiciário brasileiro segue com diversos nomes. Alguns deles considerados “favoritos”, como o atual advogado-geral da União (AGU), André Mendonça.
O titular da AGU surge como nome forte para ocupar o cargo em razão da reiterada preferência do presidente em indicar um nome “terrivelmente evangélico”. Mendonça, que também é pastor presbiteriano, já foi ministro da Justiça e Segurança Pública no governo federal.
Por conta do nome do escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro ter de passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e ser aprovado em plenário pela maioria absoluta dos senadores, o presidente tem buscado uma articulação com os parlamentares para que o nome definido por ele seja aprovado.
Esta será a segunda e última indicação de Bolsonaro à Corte no atual mandato. Caso seja reeleito nas eleições do próximo ano, poderá escolher mais dois nomes para o STF já em 2023.
Apesar do nome de Mendonça ser considerado forte para se consolidar como o escolhido, ao menos outros seis candidatos ainda estão “no páreo” e podem surpreender. Confira abaixo os sete nomes possíveis para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.
Bacharel em teologia, André Mendonça é pastor da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília, o AGU é considerado um nome “terrivelmente evangélico”. Natural de Santos (SP), ele é advogado da União desde 2000, foi assessor especial do ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, de 2016 a 2018 e ministro da Justiça e Segurança Pública de 2020 a 2021.
Augusto Aras, procurador-geral da República (PGR)
Augusto Aras é doutor em Direito Constitucional pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Católico, Aras recebeu o apoio do ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, do deputado federal Alberto Fraga (DEM) e dos filhos do presidente quando foi indicado para a PGR.
Gilson Lemes é formado em Direito pela Universidade Federal de Uberlândia (1990). Em 1992, ingressou na magistratura como promotor de Justiça, cargo que ocupou até 1997. Desde 2016 é desembargador e é presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais há quase um ano.
Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Atual presidente do STJ, Martins é adventista e já foi citado pelo senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), junto com André Mendonça, como um “bom nome” para a função. Pesa contra ele, porém, o fato de ser aliado de Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid e adversário de Bolsonaro.
Jorge Oliveira, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU)
Advogado e policial militar da reserva, Jorge Oliveira é formado em direito pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb). Em janeiro de 2019, assumiu a subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ) da Casa Civil da Presidência da República. Meses depois, foi alçado ao posto de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência. No fim de 2020, ele foi nomeado ministro do TCU, na vaga do ministro José Múcio Monteiro.
Marcos Pereira, presidente do Republicanos e bispo licenciado da Universal
Presidente do Republicanos e bispo licenciado da Igreja Universal, o advogado Marcos Pereira já foi executivo da TV Record e ministro da Indústria e Comércio Exterior do governo Temer.
William Douglas, desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2)
Juiz federal desde 1993, William Douglas é formado em Direito pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e tem mestrado, também em Direito, pela Universidade Gama Filho (UGF). Atualmente, é desembargador do TRF2 e professor pesquisador‐associado na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).
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