sexta-feira, 18 de junho de 2021

Rede vai ao STF para obrigar Bolsonaro a mostrar provas de fraudes nas eleições.

Presidente abordou o assunto em transmissão ao vivo nas redes sociais

A Rede Sustentabilidade pretende acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Corte obrigue o presidente Jair Bolsonaro a mostrar as provas que ele diz possuir sobre fraudes nas eleições de 2018. O partido irá apresentar um Mandado de Segurança Coletivo após Bolsonaro abordar o assunto em sua live semanal desta quinta-feira (17).
Na transmissão ao vivo, o presidente voltou ao pleito de 2018 e disse ter vencido a eleição no primeiro turno. Ele ainda afirmou que “quem sabe”, irá “disponibilizar” as provas da fraude.
No pedido da Rede, o partido mencionou a declaração de Bolsonaro apontou que “se o presidente tem provas, documentos, indícios, rastros ou qualquer outra comprovação que ratifique sua suspeita, é necessário que traga isso logo ao público! Aliás, trata-se de um dever seu, sob pena de estar praticando ato criminoso, seja prevaricação, seja condescendência criminosa”.
Bolsonaro já havia abordado o assunto esse mês. Durante um culto com lideranças evangélicas na cidade de Anápolis, em Goiás, ele garantiu ter sido eleito no primeiro turno.
– "Eu fui eleito no primeiro turno. Eu tenho provas materiais disso. A fraude, que existiu sim, me jogou para o segundo turno. Outras coisas aconteceram e só acabei ganhando porque tive muito voto e [por causa de] algumas poucas pessoas que entendiam de como evitar ou inibir que houvesse a fraude naquele momento [em] que nos elegemos" – explicou.
– "Eu acredito que, pelas provas que tenho em minhas mãos e que vou mostrar brevemente, eu tenha sido eleito no primeiro turno. No meu entender, houve fraude. E não temos apenas palavra. Brevemente eu quero mostrar [as provas] porque precisamos aprovar, no Brasil, um sistema seguro de apuração de votos" – explicou.
Bolsonaro disputou o segundo turno contra Fernando Haddad (PT) e venceu o pleito com 55,13% dos votos válidos. Para o presidente, no entanto, ele obteve muito mais do que os 57,7 milhões de votos registrados.

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