quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Vamos rir para não chorar. É o que estou fazendo ✰ Artigo de Humberto de Luna Freire Filho

Nos últimos meses temos assistido a espetáculos “sui generis” no circo mambembe chamado Brasil. O circo é grande, conta com três tablados principais, sendo dois no Legislativo. No tablado nº 01 (senado), aconteceu a solene derrubada de dezoito dos trinta e três vetos presidenciais à nova Lei de Abuso de Autoridade (Lei 13.869, de 2019), que desestrutura totalmente a legislação brasileira. No tablado nº 02 (câmara), o palhaço chefe, vulgo Botafogo, defendeu o uso do Fundo Eleitoral para financiar campanhas da bandidagem e custear advogados para os ladrões da casa. A bandidagem rouba nosso dinheiro e nós pagamos seus advogados. Sim!!! é isso mesmo que você entendeu.
O tablado nº 03 está no Judiciário. Esse comanda e cria regras para garantir e manter viva a suprema imoralidade, a falta de caráter e de vergonha que tomou conta do país. Tem os funcionários circenses mais bem pagos do mundo. Muitos deles, devido a idade não usam mais o trapézio, ficam no tablado vomitando uma verborreia e só para quando dá sono na plateia. Ao fim do espetáculo, eles fogem por baixo do palco para evitar o excesso de aplausos. Entram em carros blindados com escolta e seguranças tomando diferentes rumos nas alamedas do Éden, que vão a suítes em hotéis 5 estrelas, mansões à margem de lagos e aeroportos clandestinos.
Na condição de fã incondicional de alguns, sempre procuro ler sobre eles e tomei conhecimento de seus hobbies. Um deles é muito sentimental e emotivo. Desde criança não podia ver pássaros engaiolados, animais enjaulados, abria a porteira para todos. Ao assumir o emprego no circo não mudou em nada, apenas como é maior de idade, todo final de semana vai passear em Portugal, ouvir e participar de um “Vira” (O Vira é um gênero músico-coreográfico do folclore português). Um outro funcionário do circo, eu o considero saudosista, ele sempre volta ao local onde conseguiu seu emprego mais rentável ocorrido em um bar, durante uma rodada de frango com polenta e cachaça. Às vezes por mero descuido ele senta em cima da Constituição.
Meu terceiro fã, sim verdade é ele, apesar de ser o mais novo funcionário do circo. Foi empregado pelo mordomo da Transilvânia ao assumir temporariamente a direção do castelo. É uma figura diferente, não tem cabelos e tem uma conformação craniana alongada e orelhas pontiagudas. Não observei a sua arcada dentária superior.Talvez esse tenha sido o principal critério para a sua escolha. Na verdade, o escolhido queria realmente ser Delegado de Polícia haja vista a justa conduta que tomou recentemente no caso do procurador que queria cometer uma maldade contra aquele meu querido fã que adora o “Vira”.
Meu quarto e último é o verdadeiro comandante dos três tablados, esse tentou entrar para a magistratura pela porta da frente, mas não conseguiu, tem certas limitações, inclusive a intelectual, o que me causa muita dó. Mas, felizmente ele tinha um patrão muito bondoso que num elogiável gesto de humanidade o nomeou para seu atual emprego. Hoje esse fato mostra a verdade de um ditado popular: “nada como um dia atrás do outro”. Não é verdade Toffoli? Olha que o bondoso patrão foi injustamente condenado por juízes e promotores invejosos e corruptos e cumpre pena em uma solitária. Mas, quem tem amigo não morre pagão.
Humberto de Luna Freire Filho - Médico – Cidadão brasileiro sem medo de corruptos

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