sábado, 25 de abril de 2020

Muito pouco para derrubar um Presidente, mas o suficiente para mostrar quem foi, um dia, uma “reserva moral”

Quando o relacionamento termina e você “vaza” os nudes de sua namorada, não prova que ela era uma “vagabunda”.
Prova, apenas, que você é um canalha, que está expondo o que alguém lhe deu em confiança.
Se essa mesma pessoa estava ao seu lado, sem fraquejar, quando VOCÊ foi vítima de um “vazamento” do tipo, isso te torna ainda mais indigno, fraco, sujo.
Para quem recebe, porém, sempre fica aquele ar de “sacanagem”.
Depois do “escândalo”, passam a olhar para a sua “vítima” com outros olhos; a julgá-la, condená-la.
O que Moro fez, com o print de Bolsonaro, não foi diferente.
Pegou uma conversa sigilosa, onde o Presidente mandava o link de uma reportagem de um site oposicionista, sobre uma investigação conduzida pelo STF, que o próprio MPF já declarou ser inconstitucional, absolutamente fora de qualquer contexto, e divulgou para a Rede Globo, a empresa de mídia mais tendenciosa do país.
Justo contra Bolsonaro, o cara que, quando Moro esteve sob ataque, com sua privacidade violada, manteve-se firme ao seu lado … não importando se, com isso, que sua imagem pudesse ser maculada. Isso se chama FIDELIDADE.
Abra o seu Whatsapp. Pegue a sua conversa mais inocente; pode ser com a sua mãe, e leia trechos isolados.
Veja se, em alguns momentos, uma ou duas frases soltas não podem ser manipuladas para alimentar absolutamente qualquer narrativa.
Pode ser uma brincadeira interessante, para passar o tempo durante a quarentena.
Fora de contexto, qualquer conversa pode virar uma conspiração internacional, um planejamento de assassinato, uma negociação de drogas.
Muito pouco para derrubar um Presidente, mas o suficiente para mostrar quem realmente é aquele que, um dia, foi considerado uma “reserva moral”.

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