Se há coisas de que gosto muito são as teorias da conspiração.
Os alienígenas da Área 51, o Triangulo das Bermudas, a mentira da NASA sobre o pouso na lua, o Pé Grande, os Reptilianos entre nós, o ET de Varginha, o Chupa-Cabras, o assassinato de Lady Di, a morte de Paul McCartney e por aí vai. São milhares e os crentes são muitos milhões.
Algumas são completamente idiotas e hilárias, outras plausíveis e outras ainda, muito verossímeis.
Mas quero me ater a dois fatos que até podem não fazer parte do rol das teorias da conspiração, mas que me levam a incluí-los neste grupo porque, sendo apenas suposições sem comprovação científica e factual instigam a minha curiosidade. Ambos se relacionam com a pandemia do Covid-19.
O primeiro é o porquê de haver tão poucos mortos e contaminados em Pequim, capital do país originário da pandemia e distante apenas 1.053 km do epicentro da contaminação, Wuhan, enquanto em Nova Iorque, a 12.000 km de distância já passam de 320.000 contaminados e 20.000 mortos? No total, a China conta com menos de 90.000 contaminados e 4.600 mortos, enquanto os Estados Unidos com 1,2 milhão de infectados e 68.689 mortos.
Minha teoria da conspiração: o vírus foi levado e disseminado em pontos estratégicos nos Estados Unidos propositalmente. Não foi contaminação orgânica. A partir de alguns focos iniciais, espalhou-se por praticamente todo o país. Se a contaminação fosse apenas orgânica, os números da China teriam que ser extremamente maiores.
O segundo fato a que me atenho, é a significativa redução do número de mortes por doenças respiratórias no Brasil após o início da contaminação pelo Coronavirus.
Segundo o Portal da Transparência, https://transparencia.registrocivil.org.br/registral-covid, desde primeiro de janeiro de 2020 até o início da pandemia no Brasil, 16 de março, o número de mortes por doenças respiratórias era praticamente uma repetição das ocorrências do mesmo período de 2019. 209.644 em 2019 e 214.740 em 2020, mantendo-se praticamente iguais os totais para cada causa das mortes considerada: SRAG, pneumonia, insuficiência respiratória, septicemia, causas indeterminadas e outros óbitos.
Para esclarecimento, os dados informados no Portal de Transparência procedem de registros cartoriais dos atestados de óbito de todo o país.
A partir de 16 de março, com a entrada dos registros de mortes por Covid-19, os números de mortes passam a se alterar de forma surpreendente. Em vez de aumentar o total em função do Covid-19, o número total diminuiu. Senão vejamos:
Mesmo com o acréscimo de 7.870 mortes por Covid-19, o total de mortes caiu de 155.064 em 2019 para 133.050 em 2020. Muito estranho, não?
SRAG variou de 195 casos em 2019 para 2.624 em 2020. Aumento: 22.571.
Pneumonia, de 30.056 em 2019 para 22.571 em 2020. Redução: 7.485.
Insuficiência respiratória, de 13.369 em 2019 para 11.304 em 2020. Redução: 2065.
Septicemia, de 23.664 em 2019 para 17.528 em 2020. Redução: 6.136.
Causa indeterminada, de 963 em 2019 para 1.249 em 2020. Aumento: 286.
Demais óbitos, de 86.820 em 2019 para 69.903 em 2020. Redução: 16.917
Total de óbitos de 155.064 em 2019 para 133.050 em 2020. Redução
Alguma coisa me parece muito estranha.
Apareceram 7.870 mortes por Covid-19 e desapareceram 29.884 mortes das outras doenças respiratórias.
As mortes diminuíram? As informações estão sendo sonegadas? Estão completamente erradas? A pandemia de Covid-19 fez baixar 19,3% das mortes por outras causas?
Eu acho tudo isto uma loucura. O que é que está acontecendo? Estarei levantando mais uma teoria da conspiração? Não sei.
Será que alguém pode me explicar melhor estes relatórios do Portal da Transparência?
E as diferenças entre os números da China e dos Estados Unidos?
Fábio Jacques - Diretor da FJacques – Gestão através de Ideias Atratoras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário