quinta-feira, 11 de junho de 2020

Vai pra cima, Mahatma ✰ Artigo de Fábio Jacques

No meu último artigo pedi veementemente para Bolsonaro agir.
Demonstrei meu grande receio de que, não indo “pras cabeças”, Bolsonaro estivesse agindo como um Cordeiro em pele de Pitbull. Muito rosnado e pouca mordida.
Meu pedido me pareceu mais do que justificado. Senão vejamos:
Bolsonaro vem sofrendo diuturnamente pesado bombardeio por parte de um STF (ministros chegam a chama-lo de nazista e genocida) que se arvora em Supremo Poder Nacional, de um Congresso que sistematicamente dificulta a aprovação de quaisquer medidas provisórias, projetos de lei ou PEC oriundas do poder executivo deixando-as caducar, deturpando seu texto e sentido ou minimizando seu efeito como no caso da PEC da Previdência, e que o ataca e tenta destituí-lo através de inúmeros pedidos de impeachment em conluio com o próprio STF,cuja protocolização depende exclusivamente da vontade do Rodrigo Maia , aquele dos 74 mil votos. O botafogo das planilhas da Odebrecht.
Este poder de fogo da esquerda encontra total ressonância na maior parte da grande mídia, cada dia mais alucinada atrás das “mamatas” perdidas e de uma miríade de blogs cooptados.
Todas estas forças que formam o “Eixo do Mal”, Congresso – STF – Mídia, atuam de forma“esquerdopaticamente” coordenada, em constantes escaramuças ora por parte de um ora por parte de outro. Agora, unidas, tentam atacar com Antifas e Anonymous, mas os primeiros tiros acabaram na água. Não estão acertando o alvo. Por enquanto.
Nesta semana o MBL em um vídeo feito pelo Renan Santos, um de seus fundadores diz com todas as letras:“Chegou a hora de atuar para derrubar o presidente da República”.A ver.
Diante deste cenário, muita gente, e eu junto, estamos gritando com o Bolsonaro para que ele tome alguma atitude. Mas que atitude seria esta?
O que pedimos que seja feito pelo Bolsonaro é aquilo que “imaginamos” que faríamos se estivéssemos em seu lugar. Mas a questão é que não estamos no lugar dele e se estivéssemos provavelmente não faríamos.
Acho que se fosse seguir meus conselhos, Mahatma Gandhi teria abandonado seu discurso pacifista e encharcado de sangue o território indiano fazendo com que as águas do Ganges permanecessem vermelhas até hoje. E, quem sabe, até mesmo, a Índia ainda continuasse sendo colônia inglesa.
Bolsonaro tem se mostrado um pacifista perseverante. Vai cumprindo a agenda a que se propôs desde a campanha presidencial, enquanto não toma nenhuma ação efetiva contra os demais poderes e nem contra a mídia. Eventualmente reclama, mas nunca partiu para cima. Pelo menos até agora.
Poderia ter mandado alguns ministros do STF irem cuidar de “suas turmas”, mas acatou os despautérios do Alexandre de Morais e do Luís Roberto Barroso que se arvoraram de donos da Constituição reescrevendo as prerrogativas de cada poder e revogando suas decisões. Poderia contratar uma equipe de advogados com a única finalidade de processar todo aquele que atropela a Carta Magna ou que propaga mentiras a seu respeito. Este pessoal teria muito trabalho.
Mas ele não faz nada disso.
Estou começando a me convencer novamente de que ele sabe o que faz. Ele enxerga coisas que não vejo e não sei. Ele me parece um estrategista do tabuleiro que prevê o lance do oponente com vinte jogadas de antecedência. Só pode ser isto.
Nesta semana teremos grandes emoções sendo a maior delas o julgamento da chapa Bolsonaro - Mourão no TSE. Se o resultado for favorável à cassação da chapa, então acabar-se-á o tempo de tolerância. Ou Bolsonaro fará uma live agradecendo ao povo pelos votos, pelo apoio e pela amizade e se asilará em algum país amigo e aí estaremos todos “gefückt” como diriam os alemães, ou a cobra vai fumar. Acredito na segunda opção.
Vai ser muito bonito de se ver.
Fabio Jacques - Diretor da FJacques – Gestão através de Ideias Atratoras.

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