Naquele assassinato de uma juíza na Barra da Tijuca, RJ, um policial presenciou o ataque à juíza pelo ex-marido. Ao perceber que a juíza seria atacada a golpes de faca e antes que a primeira facada fosse praticada, o policial aponta sua arma em direção ao agressor e o mata na frente dos filhos do casal.
Eis o que aconteceria com esse policial:
Na ALERJ, moção de censura.
Na Justiça, seria condenado pelo assassinato e, talvez, com agravante do ato ter sido praticado na frente das crianças.
Na instituição policial, seria imediatamente afastado do trabalho, responderia à processo administrativo e demitido antes de o processo criminal terminar.
Junto aos colegas policiais, seria considerado o puliça bundão, que gosta de enxugar gelo.
Na Globo, teria seu nome massacrado com manchetes em todos os jornais e telejornais: EX-MARIDO É ASSASSINADO POR POLICIAL, ENQUANTO DISCUTIA COM EX-MULHER; TUDO ACONTECEU NA FRENTE DOS 3 FILHOS DO CASAL; DIREITOS HUMANOS DE TODO O MUNDO PEDEM PROVIDÊNCIAS; A ONU REPUDIA A VIOLÊNCIA DA POLÍCIA DO RJ; ESPECIALISTAS DISCORDAM DA AÇÃO POLICIAL; MAIS UM ASSASSINATO COMETIDO PELA POLÍCIA DO RJ.
E não para por aqui!
Assim pensariam os filhos do casal: meu pai nunca foi mau; não precisava ser morto; o policial não precisava ter atirado.
A juíza: pode condenar, porque meu ex-marido não era tão ruim assim; o que será dos meus filhos sem presença do pai; meus filhos ficarão traumatizados com a cena da violência da polícia matando o pai.
Esse é um pequeno resumo do acontece com o policial no RJ.
Nessa situação, o policial e sua família sofreriam para o resto da vida.
Dentro de um presídio, desempregado e com a família passando necessidades, só aí o policial cairá na realidade de que, no Rio de Janeiro, é mais racional e seguro fingir que trabalha e/ou responder pela omissão do que por uma missão que poderá resultar na sua desgraça eterna.
Autor desconhecido
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