É preciso que o povo brasileiro se liberte da maior de todas as mentiras “políticas” que lhe incutiram no cérebro desde o primeiro dia de vida.
Bom é lembrar que os órgãos colegiados da Justiça, ou seja, os tribunais, inclusive os superiores, têm os seus membros nomeados e aprovados a partir das autoridades políticas detentoras de mandatos eletivos provenientes das eleições periódicas e “democráticas”.
”Indiretamente”, portanto, os juízes, desembargadores e ministros de tribunais - parte dos quais tantos estragos já provocaram na sociedade brasileira- também são eleitos pelo povo, e ao mesmo tempo, têm quase os mesmos vícios que os eleitos “diretamente”, que os nomearam.
Dentre tantas outras, certamente a maior de todas as mentiras que lhe contaram é a de que os brasileiros estariam vivendo numa “democracia” (sic, sic, sic). Mas essa é uma inverdade “deslavada”. E é uma mentira descarada porque ao invés de democracia, o que o povo vive na verdade é a ditadura da “patifaria” política infiltrada no poder, que formalmente - porém só no “papel”- possui os principais traços de uma democracia autêntica, mas na essência não tem absolutamente nada de democracia, sendo por isso mais prejudicial ao povo do que qualquer outro tipo de ditadura formal e assumida. Por isso a ditadura disfarçada de democracia é a pior de todas. Ao contrário das “outras”, essa ditadura tem a capacidade de enganar e perpetuar-se no poder, ”democraticamente”, com o “aval” do povo.
Por seu turno as instituições públicas têm fundamental papel nessa “tramoia” política. O órgão máximo da Justiça brasileira, por exemplo, o Supremo Tribunal Federal, não “escapa” dessa verdadeira fraude institucional, chegando ao cúmulo de nomear um “ditador”, dentre os seus pares, que faz uso de absurdos “inquéritos” para investigar, acusar, processar, julgar, e apreciar os recursos, mandando prender quem bem lhe aprouver, sem direito à defesa, principalmente por alegados “ataques” à “sua” concepção deturpada de “democracia”.
“Mexer” com a democracia na concepção “corrompida” de “Suas Excelências”, sempre é um crime “horrendo”. Apesar disso, quero que saibam do absoluto desprezo que tenho por essa “sua” (pseudo) democracia, que tanto defendem, chegando a “endeusá-la”, que porém não é, nunca foi, e jamais será uma democracia de verdade, nem aqui, nem na “China”. E tem mais: se me for dada essa oportunidade, ”cuspo” na cara dessa (pseudo) democracia que eles tanto defendem, e também na sua lei maior, da qual são os “guardiões”, mais fiéis que “cães-de-guarda”, ou seja, a constituição de 1988,que não passa de um manual onde se concentra a origem de todos os males políticos que afligem a sociedade brasileira, produto da sua maldita oclocracia.
Nessa prática volta-se ao passado “sofista”. Da Antiga Grécia, época de domínio dos grandes delinquentes e corruptores do pensamento, onde o maior de todos os crimes era falar ou escrever a verdade, que era considerado crime mais grave do que matar, roubar ou estuprar, que inclusive foi o “crime” (falar e verdade) atribuído ao filósofo Sócrates, condenado a morte por ingestão de “sicuta”.
Por isso a propalada “democracia”, com a qual os contumazes delinquentes da política enchem o peito para validar as suas ascensões ao poder, não é, nunca foi, e jamais será uma verdadeira democracia. Porque é uma democracia deturpada, degenerada, corrompida, fraudada. E abriga muita gente que se diz “democrata”, porém não passa de “oclocrata”. São os “trapaceiros” da democracia.
Em “Política”, Aristóteles classificava as formas “puras” de governo em “monarquia”, ”aristocracia” e “democracia”. E as formas “impuras”, em “tirania”, ”oligarquia”, e “demagogia”, que seriam, respectivamente, na ordem citada, corrupção das formas puras.
Mas foi Políbio (203 a.C/12 0 a.C), geógrafo e historiador grego, quem substitui a “demagogia” (corrupção da democracia) preconizada por Aristóteles pelo que ele chamou de OCLOCRACIA, acrescentando a esse modelo por ele criado diversos outros vícios da democracia, além da “demagogia”. Segundo Políbio, a oclocracia seria uma espécie de democracia meramente formal, desprovida de “substância”, ”essência”, praticando-a a massa carente de consciência política amadurecida, ingênua, ignara, alienada, que troca o seu voto e a sua vida por um mísero prato de comida, portanto presa fácil dos trapaceiros políticos, hábeis na arte de convencer, enganar, e obter os seus “votos”, como fora na época dos sofistas.
Alguém continua a ter qualquer dúvida que o regime político brasileiro não é nenhuma democracia, porém a OCLOCRACIA?
Talvez algumas frases deixadas por grandes pensadores possam ajudar no desvendamento das questões que estamos suscitando. Joseph-Marie de Maistre, filósofo francês do Séc. 18, por exemplo, deixou imortalizada a frase: ”cada povo tem o governo que merece”. Nelson Rodrigues, grande pensador brasileiro, por seu turno, escreveu (1) “a maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas, que são a maioria da humanidade”, e (2) “Os idiotas vão tomar conta do mundo. Não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos”.
Na verdade não questiono a plena validade da democracia verdadeira, que certamente ainda é o melhor modelo político em prática no mundo. Mas no futuro deve surgir algo melhor, ainda não pensado pelas gerações que vivem e já viveram. Questiono, isso sim, a deturpação, a degeneração, a corrupção, os “desvios” nocivos do modelo democrático em tese, desde o momento em que as “maiorias” decisivas com deficiências democráticas passam a eleger a pior escória da sociedade para governar e fazer as leis. Questiono, portanto, a “oclocracia” em prática no Brasil, errôneamente chamada de “democracia” !!!
Como considerar saudável e verdadeira uma “democracia” que “vomitou” tipos como Jânio Quadros/João Goulart, José Sarney, Collor de Mello/Itamar Franco, FHC, um Lula da Silva, e Dilma Rousseff/Michel Temer? Será que esse “lixo” político teria sido eleito numa verdadeira democracia?
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
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